Quando França e Romênia derem início à Eurocopa 2016 nesta sexta-feira, às 16h (de Brasília), no estádio Saint-Dennis, o território francês estará ocupado por cerca de 75 mil policiais, seguranças e militares. Um aparato em clima de guerra com a promessa de proteger cerca de 2,5 milhões de torcedores de todos os cantos do continente e 7 milhões de turistas.
A ordem é não dar trégua. Por determinação do Parlamento da França o estado de emergência, em vigor desde ano passado, foi prorrogado pela terceira vez em todo o país. Tamanha preocupação remete aos atentados terroristas do Estado Islâmico que vitimaram 130 pessoas em Paris no final de 2015. O terror, esperam as autoridades francesas, não pode estender sua mão nesta festa do futebol.
Tolerância zero nas dez cidades que serão sedes das 51 partidas previstas na Euro. Estádios e cercanias, assim como as áreas de diversão, as fanzone (áreas de festa fora das arenas) terão vigilância especial. Na região de Paris, 33 mil agentes da polícia e mais dez mil de segurança privada vão patrulhar ruas, metrô, vias de acesso às arenas.
As seleções terão todo um aparato de segurança, seja nos hotéis e campos de treinamento ou nos deslocamentos. Atiradores de elite ficarão posicionados em locais estratégicos.
O clima nas cidades francesas é de uma festa desconfiada. Ao mesmo tempo em que se celebra o futebol, o país vive um ambiente de convulsão social com protestos populares e sindicais contra as mudanças nas leis trabalhistas.
Toda essa combustão e mais o pavor ao terrorismo do Estado Islâmico dão à Euro-2016 uma cor diferente das outras edições do mais importante torneio de seleções, atrás apenas da Copa do Mundo organizada pela Fifa.
Neste clima bélico, 24 seleções do que a Europa tem de melhor – com exceção da Holanda, que não se classificou – vão correr atrás da taça a partir desta sexta-feira (10/6) até dia 10/7.
A expectativa é de um futebol de altíssima qualidade e a revelação de jogadores importantes na maioria das equipes. Muitos jovens, na faixa de 20 anos, já são protagonistas em seus clubes.
Dona da casa, a França larga como favorita. Não apenas por ser anfitriã, mas também pela geração reunida por Didier Deschamps. Pogba, da Juventus, e Griezmann, do Atlético de Madrid, são os destaques dos Les Bleus.
Pogba é tratado como uma divindade pelos franceses. Projeções da imprensa local apontam como legítimo sucessor de Michel Platini e Zinedine Zidane, eternos camisa 10 da França. Destaque da Juventus, da Itália, seu futebol é disputado pelas potências Real Madrid, Barcelona, Paris Saint-Germain, entre outros.
Como na seleção francesa nem sempre tudo são flores. Deschamps já foi taxado de racista por não levar Benzema, descendente de argelinos, à Euro. Mesmo sem o atacante do Real Madrid, se espera um time arrasador com o já citado Pomba, Griezmann, Payet, Kanté, Giroud, Matuid, Sagna, Évra, entre outros.
“Quanto menos os jogadores sentirem a pressão do momento, melhor será para nós. Há dois anos que estamos a preparar para este 10 de junho. Esta estreia em Saint-Dennis vai ser o momento em que se deve definir o tom para toda a Euro” – Deschamps.
VEJA OS OITO GRUPOS E UNIFORMES DAS 24 SELEÇÕES DA EURO-16
NÚMEROS DA EURO- 16
1 BILHÃO DE EUROS
Venda dos direitos de transmissão
500 MILHÕES DE EUROS
Venda de ingressos e hospedagem. Bilhetes custam de 25 a 895 euros
2, 5 MILHÕES DE TORCEDORES
Devem acompanhar os jogos nas dez sedes
100 MIL AGENTES
Entre policiais, militares e seguranças privados estão escalados para atuar contra o terrorismo e distúrbios
Acompanhe neste Blog do Prósperi análises dos jogos e informações da Euro-16. E bom futebol a todos