Palmeiras precisa rever urgente sua estratégia nos jogos no Allianz

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Palmeiras patina mais uma vez diante da Ponte Preta. Em dois jogos, fez apenas um ponto no Brasileirão. Ruim a um time que briga para ser campeão. Empatar em casa contra adversários do escalão intermediário é prejuízo difícil de ser recuperado. E obriga Cuca a repensar algumas estratégias quando voltar a jogar no Allianz Parque.

Nas últimas três partidas na sua fortaleza, o Palmeiras saiu derrotado (1 a 0) para o Atlétic0-MG, venceu o Vitória com alguma dificuldade e neste domingo (21/8) cedeu o empate (2 a 2) à Ponte, depois de ficar duas vezes na frente do time de Campinas.

Um problema visível passa pela opção de se jogar aberto e dar velocidade na saída de bola quando do outro lado o adversário está fechado. Um erro de passe, ou de conexão, por menor que seja, concede ao inimigo o contra-ataque sem a mínima resistência.

A Ponte explorou essa deficiência do esquema de Cuca e tirou proveito. Agrupada no seu campo, não se esforçou muito à espera de uma bobeada dos donos da casa. Foi dessa forma que obrigou Jailson a fazer boa defesa em uma escapada de Wellington Paulista, no primeiro lance agudo da partida. E seguiu coerente com essa estratégia até o fim.

Sofreu um gol – de Rafael Marques em jogada de Roger Guedes -, antes de 20 minutos do primeiro tempo, e não mudou de comportamento.

Mesmo com a vantagem, o Palmeiras não se acalmou. Quis dar pressa quando era necessário cadenciar. E pagou caro no segundo tempo aos sofrer o empate, em falha coletiva da defesa, no gol de Wellington Paulista.

Esse empate fez o Palmeiras suar sangue em busca do segundo gol. O time se abriu e insistiu nos cruzamentos na área da Ponte. Diante de um paredão formado por duas linhas de quatro a proteger Aranha, o caminho encontrado foi o jogo aéreo. De um desses lances nasceu o gol de Thiago Martins.

Seria o fim do sufoco, se a falta de atenção no sistema defensivo não comprometesse novamente o esforço feito em busca do gol salvador. De uma cobrança errada de lateral, a Ponte aproveitou e empatou em chute defensável de Pottker, que Jailson aceitou.

Com o segundo gol nas costas e sem repertório contra a retranca do inimigo, o time de Cuca correu muito sem encontrar a porta do gol. No fim das contas, foi lamentar nos vestiários os dois pontos perdidos em casa no momento do campeonato em que se definem os verdadeiros candidatos ao título.

A única notícia boa ao treinador é a volta de Gabriel Jesus na próxima rodada contra o Fluminense em Brasília. Aliás, o garoto desfilou com sua medalha olímpica no intervalo do jogo. Palmeirenses o aplaudiram, mas gostariam mesmo era ver o menino de ouro com a camisa 33 em busca do gol.

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FICHA DO JOGO

Palmeiras 2 x 2 Ponte Preta

Gols: Rafael Marques, aos 15 minutos do primeiro tempo; Wellignton Paulista, aos 6; Thiago Martins, aos 24; e Pottker, aos 27 minutos do segundo tempo.

Palmeiras: Jaílson, Jean, Thiago Martins, Vitor Hugo e Zé Roberto (Egídio); Tchê Tchê, Moisés e Cleiton Xavier (Allione); Roger Guedes (Thiago Santos), Rafael Marques e Dudu. Técnico: Cuca

Ponte Preta: Aranha, Nino Pa/raíba, Douglas Giolli, Fabio Ferreira e Reinaldo; João Vitor, Wendell  (Abuda) e Maycon; Pottker (Rhayner), Wellington Paulista e Clayson. Técnico: Eduardo Baptista

Juiz: Heber Roberto Lopes
Cartões amarelos: Rafael Marques, Aranha, Thiago Galhardo, Fabio Ferreira, Reinaldo, Nino Paraíba, Thiago Santos e Joao Vitor
Renda: R$ 1.866.689,88
Público: 29. 138 pagantes
Local: Allianz Parque

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