Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos e seus tormentos em 2017

Dirigentes de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos entram em 2017 com demandas diferentes e em busca de prestígio. Os quatro clubes não navegam em águas calmas. Quem ler a bússola de forma mais correta vai sobreviver à tempestade.

Vamos começar com o Corinthians. Seu presidente Roberto  Andrade tem ainda mais um ano de mandato e problemas infindáveis. No plano político é pressionado todos os dias e perde força.

No futebol, torce para sua invenção funcionar. Ou seja, o agora técnico Fabio Carille dar certo. Sem caixa e atolado em papagaios a vencer, projeta um time novo com pelo menos 14 meninos da base e no máximo três reforços.

A bússola de Andrade pode levar o Corinthians ao naufrágio.

No Palmeiras, o recém eleito Maurício Galiotte tem de apaziguar seu padrinho Paulo Nobre e a patrocinadora Crefisa, já de namoro com a oposição no Palestra. Tem ainda de repensar o apoio de Nobre ao Ministério Público e Polícia Militar no cerco à Rua Palestra Itália em dia de jogos.

No futebol, Galiotte prepara um time mais forte ainda que o campeão do Brasileirão. Nesta terça-feira  (27/12) vai anunciar  a contratação do meia Guerra, do Atlético Nacional.

A meta é faturar a Libertadores, sob pena de perder prestígio logo no seu início de mandato.

A situação de Carlos Augusto Barros e Silva (Leco) no São Paulo passa pelo sucesso de Rogerio Ceni no comando do time. Se o ex-goleiro e mito do clube emplacar no Paulistão, Leco terá pavimentado sua reeleição à presidência do Tricolor em abril.

O problema nem é o desempenho de Ceni e sim na qualidade do time. Por enquanto, reforços apenas razoáveis desembarcaram no Morumbi. Sem dinheiro e com todas as fichas nas categorias de base não se pode projetar bom futuro ao São Paulo.

Modesto Roma Jr também tem de se virar em busca de um grande salto. Precisa dar ao Santos um título impactante, de expressão. A única alternativa é dotar o elenco de gente de peso. A fórmula de associar alguns veteranos e meninos da Vila provou ser eficiente, mas sem estofo na hora de ser campeão nacional ou internacional.

Santistas não suportam mais sustentar o reinado do Paulistinha e virar plebeu no Brasileirão ou Libertadores.