Soberba do Brasil nas Eliminatórias da Copa 2018 incomoda. Desde março a Seleção navega em águas calmas. Bem diferente do estado agônico da Argentina, por exemplo, ainda às turras para comprar a passagem para Moscou. Exemplos do passado atestam e comprovam esse incômodo ao torcedor brasileiro desavisado.
É só conferir a história, mesmo a contragosto com as comparações.
Nas Eliminatórias da Copa 1994, Seleção chegou pendurada até a última rodada. Foi preciso um Romário épico contra o Uruguai no Maracanã para carimbar o visto de entrada nos Estados Unidos.
Do sofrimento se fez um time campeão um ano depois na conquista do tetra nas terras americanas.
Antes de levantar a taça em 2002 na Coreia e Japão, mais agonia com a troca de treinadores nas Eliminatórias até Felipão no comando garantir a vaga ao Mundial que acabou com a conquista do penta. Mais uma vez, do sofrimento se fez um time campeão.

Nas seletivas de 2010, Brasil nadou de braçada. Assim como a Seleção de Tite agora, o time de Dunga garantiu a vaga como extrema tranqüilidade. Ganhou da Argentina na casa deles. Não tomou conhecimento do Uruguai, Paraguai, Colômbia, Chile…
Chegou na Copa da África do Sul no alto da soberania e voltou para casa com o rabo entre as pernas.
A situação se repete nas Eliminatórias 2018. Enquanto os adversários tiram pedaços de carne com os dentes em busca da vaga à Copa da Rússia, Seleção Brasileira de Tite se esbalda na autoconfiança, classificada com muita antecedência.
É bom para mídia, TV Globo, CBF, torcida gourmet dos jogos da Seleção, patrocinadores, interesseiros e o torcedor inebriado.
Cabe a Tite e seus auxiliares prestarem atenção e fincar os pés no chão. De nada adianta vibrar com a desgraça da Argentina agora e fazer um papelão na Rússia em 2018.