Estranhos apareceram nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Quer dizer, não tão estranhos assim. A maioria dos torcedores conhece cada um deles. O problema é que estavam desaparecidos, um paradeiro aflitivo. Seus times vivendo da agonia a cada rodada, e nada deles darem as caras.
Por exemplo, Robinho. Adormecido há quase oito meses, resolveu despertar a nove rodadas do fim do Brasileirão. Dois, três golzinhos aqui e ali, e já faz panca de craque com caretas e insultos hilários na celebração dos tentos.
Outro zumbi? Lucas Pratto. Hibernado deste a primeira metade do campeonato, saiu das catacumbas para dar um sopro de vida ao São Paulo. Até gol de braço anda fazendo.
Mais um morto-vivo? Fred. Parceiro de Robinho no Atlético-MG, não balançava as redes há um par de meses. De repente, espetou gols importantes nos últimos jogos.
O homem de 35 milhões de reais também apareceu. Borja esperou pela saída de Cuca para pedir passagem e deixou sua marca no segundo jogo do Palmeiras sob nova direção, agora nas mãos de Alberto Valentim.

Alguns outros contumazes frequentadores dos gols andam com freio de mão puxado. Lucas Barrios, do Grêmio, é um deles. Jô, do líder Corinthians, também entra nessa fila. André continua adormecido no Sport. E por que não Kleber Gladiador? Por onde o atacante nesse duro momento do Coritiba? Sim, cumprindo suspensão e machucado.
Como os “Sombras” começam a se levantar apenas nessa reta final do campeonato, é bem capaz de um goleiro ser eleito o Craque do Brasileirão na eleição da CBF. Casos de Cassio, Vanderlei, Fabio…
Aí sim fecharemos um ano dos mais fracos do futebol brasileiro. Quando goleiros têm mais destaque que o camisa 9 ou camisa 10 é sinal de que alguma coisa está fora da ordem.