São Paulo foge a passos largos do rebaixamento. A vitória contra o Santos, sem se ater aos números da classificação na tabela, é um recado tranquilizador a sua torcida. Desde as primeiras rodadas do Brasileirão o time não vencia dois jogos seguidos. Conseguiu. Chegou aos 40 pontos, faltam sete para dizer Série B jamais.
Se no São Paulo há uma corrente positiva, de otimismo, do lado santista as perspectivas são trágicas. Não há o menor indício de que, da forma como está jogando, possa brigar pelo título e, pior, se sustentar entre os quatro primeiros em busca da vaga direta na Libertadores 2018.
Tendência cristalina tendo o clássico no Pacaembu como parâmetro, em especial no primeiro tempo. Dos 16 aos 21 minutos, levou dois gols. Aliás, dois belos gols construídos na inteligência de Hernanes a serviço de Marcos Guilherme no primeiro e a Cueva no segundo – Santos descontou em chute raro de Alison no rebote de um escanteio.
Duas obras bem arquitetadas a explorar enorme dificuldade de o Santos entender as entradas em diagonal de Marcos Guilherme e Cueva nas costas da zaga.
Mais que lances bem treinados por parte do São Paulo, sobrou ao time muita disposição, dedicação em honra a 40 mil torcedores no Pacaembu. Cada gota de suor era um prêmio e ai de quem não corresse.

Hernanes, mais uma vez, tomou conta do jogo. Fonte de energia do time. Por isso chamou atenção a liberdade que teve para fazer a transição do meio para o ataque.
Em nenhum momento se sentiu acossado. Seus movimentos eram contemplados e não inibidos pelos santistas. Deu no que deu. Dois passes para dois gols e controle absoluto do clássico.
Do outro lado, a diferença abissal. Lucas Lima caminhou a passos lentos. Não fez nada, nem se interessou por tudo o que acontecia no Pacaembu. Sem sua luz, Santos não anda. E Lucas Lima há muito tempo não quer saber mais do time.
A vida é assim. Enquanto Hernanes personifica a fuga do São Paulo contra o rebaixamento, Lucas Lima é tradução da queda livre do Santos na briga pelo título.
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