Endrick, atacante do Palmeiras, honra a sina histórica de jovens jogadores da Seleção Brasileira. Entra aos 24 minutos do segundo tempo diante da Inglaterra, no mítico Wembley, e decreta vitória com um gol de centroavante aos 34 minutos. Endrick, 17 anos, simples assim. Como um dia foi Pelé, Edu, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho… meninos imberbes e talento precoce a serviço da Seleção.
Façanha do garoto marca estreia de Dorival Junior, terceiro técnico do Brasil, após fracasso de Tite na Copa do Mundo Qatar 2022 e ano perdido em 2023 com Ramon Menezes, Fernando Diniz e a sombra de Carlo Ancelotti.
Mérito de Dorival passa por arriscar em sangue novo no momento em que a Seleção gana por mudanças drásticas. Não teve medo de convocar Beraldo, 19 anos, Savinho, João Gomes, Bruno Guimarães, Andreas Pereira, Galeno, Murilo, Fabrício Júnior.
E como é bom ver o escrete livre das amarras de Neymar, Casemiro, Marquinhos, Fred, todos ícones da era Tite nos últimos seis anos.
“Ainda estou raciocinando. Estava ali falando que acho que isso me prejudicou no final, quando tive outra bola para fazer gol… Não vou mentir, estava só pensando no gol. É uma sensação única. Um fato curioso é que eu jogava videogame, pela seleção no modo carreira como jogador. E também fiz o primeiro jogo aqui em Wembley e também fiz o gol. Isso veio na minha cabeça. Fiquei pensando só nisso, não conseguia pensar mais no jogo e isso me prejudicou um pouco” – Endrick
Endrick garante vitória da Seleção contra Inglaterra – foto: CBF
O jogo dessa nova Seleção nem passou perto de exuberante. Não faltaram conceitos da moda: intensidade e competitividade, tão ao gosto da torcida de hoje.
É cristalino que de um time com tradição de pentacampeão do mundo se espera bem mais. Bola nos pés, menos correria, talento, dribles e ousadia.
Mas essa conversa fica para depois. O que temos hoje é Endrick. E isso basta. Gol dele. Vitória do Brasil por 1 a 0. Seleção volta a tocar o céu.
Jornalista com carreira dedicada ao esporte.
Cobriu 9 Copas do Mundo in loco, 1990 na Itália, 1994 nos EUA, 1998 na França, 2002 na Coreia do Sul e Japão, 2006 na Alemanha, 2010 na África do Sul, 2014 no Brasil, 2018 na Rússia e 2022 no Qatar. Eurocopas, 1992 na Suécia e 1996 na Inglaterra. Copa das Confederações de 2005 na Alemanha e 2009 na África do Sul.
Repórter e Editor, trabalhou no Jornal da Tarde e Estadão, de 1984 a fevereiro de 2016.
Colunista, blogueiro. E comentarista de futebol na Rádio Estadão, de 2013 a fevereiro de 2016.
Jornalista responsável do "Prósperi News" (blogdoprosperi.com).
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5 comentários sobre “Endrick eleva Seleção Brasileira ao céu”