Por Luiz Antônio Prósperi – 3 de julho – 00h32
Seleção Brasileira burocrática como seu treinador Dorival Júnior não vai além do empate por 1 a 1 com a Colômbia. Resultado deixa Brasil no segundo lugar do grupo obrigando ao confronto contra Uruguai nas quartas de final da Copa América 2024. Atuação pobre, sem lastro. Vini Jr irreconhecível. Endrick? Fica no banco quase o tempo todo, joga apenas dez minutos, nem pega na bola.
Atuação fraca, sem nexo do Brasil. E tudo que Dorival mais fez foi reclamar da arbitragem. Treinador começa a pagar por suas escolhas equivocadas na convocação da Seleção para Copa América.
Fracasso absoluto de um time sem meio-campo, sem gestores do jogo.
Aqui cabe um parêntese. Meio-campo da Colômbia com jogadores que atuam no futebol brasileiro – Rios (Palmeiras), James (São Paulo) e Arias (Fluminense) – engole meio-campo da Seleção com jogadores que atuam na Premier League, a mais badalada do mundo – João Gomes (Wolverhampton), Bruno Guimarães (Newcastle) e Paquetá (West Ham).
Colômbia, apoiada nesse trio de meio-campistas, impede Brasil de jogar no primeiro tempo. Controla a partida, marca bem, ataca e cria situações de gol, a maioria de bolas parada nos pés de James Rodriguez.
Sem falar na santa inocência de Vini Jr ao levar cartão amarelo em lance bisonho de mão no rosto de James Rodriguez. Cartão tira Vini das quartas de final. E inibe o principal jogador da Seleção Brasileira jogar sua bola.

Vini acabrunhado e bem marcado, limita ainda mais ações do Brasil. Paquetá não se apresenta, Bruno Guimarães sem saber o que fazer e João Gomes mais preocupado em chegar firme em todas divididas. Seleção não aciona Rodrygo nem Vini.
No único momento de pressão brasileira na saída de bola da Colômbia, James faz falta em João Gomes. Raphinha bate com muito requinte e faz o gol. Gol de falta que há 48 jogos a Seleção não cravava. Brasil 1 a 0.
O gol, em vez de fortalecer o escrete, tem efeito contrário. Colombianos avançam, mordem, dividem todos lances com alma. Tudo gira ao redor de James Rodriguez e investidas talentosas de Luiz Diaz. Colômbia tem gol anulado por interferência do VAR. E cresce.
Paquetá, Rodrygo e Vini não comparecem. Vini ainda arrisca lance individual e se envolve em possível pênalti de Muñoz. VAR não confirma.
Na sequência desse lance polêmico, Colômbia, enfim, empata. Em boa trama até encontrar Muñoz livre para vencer Alisson: 1 a 1.
No segundo tempo, Dorival, até que enfim, saca Paquetá. Muito badalado por analistas brasileiros e críticos de futebol, Paquetá não confere quando mais se espera dele. Bom lembrar que ainda vive o drama de ser condenado pela Fifa por suspeita de favorecer apostadores esportivos.

Sai Paquetá, entra Andreas Pereira. Jogo fica mais franco. Mas a Seleção não deslancha. Todo mundo dentro de seu quadradinho, sem sair de suas posições.
Enquanto isso, James ocupava todos os lugares do meio pra frente na Colômbia, Richard Rios, Arias a girar e envolver o Brasil no embalo da maioria de seus torcedores no Levi’s Stadium na Califórnia.
Jogo corria nos 25 minutos do segundo tempo sob controle absoluto dos colombianos.
Dorival Júnior não reage. Ataque brasileiro não aparece. James continua dando as ordens.
Então, Dorival saca João Gomes – aliás, o que faz João Gomes na Seleção? – e manda Éderson aos leões. Tira Rodrygo e da vez a Savinho.
Endrick continua no banco à espera do chamado. Menino fenômeno do Brasil, cada vez mais preterido por Dorival.
Aos 35 minutos, James Rodriguez pede substituição. Sai do jogo aplaudido de pé. Colômbia sustenta controle do jogo.
Dorival Júnior, como sempre, não arrisca. Se preocupa em contestar as decisões da arbitragem. Seleção abraça burocracia.
Quando jogo avançava aos 40 minutos, Dorival lança Endrick. Menino não pega na bola. No primeiro jogo da Copa América, Endrick entra aos 26 do segundo tempo. No segundo jogo, garoto entra aos 33 do 2T. E no terceiro, nessa terça-feira, aos 40 minutos do segundo tempo.
Colombianos têm pelo menos duas chances de fazer segundo gol e carimbar a vitória.
No fim, sobra ao árbitro as críticas de Dorival. Saída simplória sem assumir responsabilidade pelo fraco futebol da Seleção. Assim, Dorival não vai longe. A conferir.





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