Luiz Antônio Prósperi – 22 julho (18h20)
James Rodriguez não joga mais no São Paulo. Clube e jogador tratam da rescisão do contrato, válido até 2025. Gabigol tem prazo estipulado para deixar o Flamengo, dezembro de 2024. E Dudu espera jogar no Palmeiras pelo menos até o fim de 2025. Três astros. Indesejados por seus patrões e queridos por suas torcidas.
A situação de James parece mais simples. Contratado em julho de 2023, o meia colombiano nunca acertou o passo no São Paulo. Para o tamanho de sua fama, pouco produziu: 22 jogos (a maioria saindo do banco de reservas), dois gols marcados e quatro assistências, entre 2023 e 2024. E pediu o boné.
Eleito melhor jogador na Copa América, encerrada há uma semana, James avisa da Colômbia que não vestirá a camisa do São Paulo. Gesto frustrante aos torcedores, até então animados com o excelente desempenho do meia na seleção colombiana. Técnico Luiz Zubeldia não conta mais, nem queria contar, com James. “É um problema institucional (do clube), não meu”, disse o treinador após empate (0 a 0) contra Juventude no domingo.
A conta quem vai pagar é o São Paulo. James estaria disposto a renunciar ao que tem de direito entre salários e luvas até o fim do contrato. É mais um jogador que vai receber do clube paulista sem jogar – mesma situação de Daniel Alves.

Gabigol é outra encrenca dos famosos amados malditos. Ídolo da torcida do Flamengo, já anunciou a saída prevista para dezembro de 2024. Alega que os patrões não cumpriram com acordos estabelecidos por uma renovação contratual. Seu compromisso com o clube carioca se encerra no fim do ano.
“O Gabriel é um jogador que já tem seu nome marcado na história do Flamengo por tudo o que fez. O problema é que ele, hoje, deixou claro que está buscando um contrato de longo prazo (cinco anos). Ele quer um contrato longo, e vamos ser bem francos, fruto do que aconteceu ao longo de 2023 e 2024, independentemente do passado dele, um contrato longo desse tipo o Flamengo não está disposto a oferecer”, disse Rodolpho Landin, presidente do Flamengo nessa segunda-feira (22/7).
Landin não vai ceder. Gabigol já foi avisado. Nos bastidores do clube carioca se tem como certo um acordo entre Gabigol e Palmeiras – pré-contrato fechado com validade de janeiro 2025 a dezembro 2027. A conferir.
Sonho de Landin, aliás, um grande projeto do presidente do Flamengo, é anunciar Neymar antes do fim desse ano.
Não custa sonhar, né. Eu acho o Neymar um jogador totalmente fora de série, top no mundo. Eu acho que ele vai se recuperar bem dessa lesão, porque ele é um jogador leve. Eu encontrei com ele no vestiário há um tempo atrás, bati um papo com ele. Ele me disse que acha que volta em plenas condições em meados de setembro”, avisa Landin.
Neymar é um trunfo para Landin eleger seu sucessor no clube e assumir cargo de CEO de uma eventual SAF do Flamengo.
Dudu também cabe nessa história de indesejados queridos. Ídolo inconteste da reconstrução do Palmeiras a partir de 2015, o atacante sentiu que o clube poderia negociar-lo tão logo voltasse de sua grave lesão no joelho – processo de quase um ano entre cirurgia e tempo de recuperação. Por isso seu estafe procurou o Cruzeiro.
O negócio com o clube mineiro estava fechado, Dudu recuou e levou a presidenta Leia Pereira à fúria dos Deuses. Leila não quer mais Dudu no Palmeiras. Abel não admite perder um jogador precioso nessa reta decisiva entre Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão.
Abel insiste pela permanência do atacante no mínimo até o fim desse ano de 2024.

“Muito feliz (com a chance de jogar), é muito gratificante. Quando eu ponho a camisa do Palmeiras, me sinto leve, solto. Infelizmente tive essa contusão, dei um passo para trás no número de jogos e na minha vida aqui dentro do Palmeiras. Mas pude voltar e agora jogar de titular (contra o Cruzeiro, sábado). Agradeço o carinho da torcida neste meu retorno…”, disse Dudu na TV Palmeiras. Ele completou 200 jogos no Allianz Parque.
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Aos 33 anos, Dudu está a um jogo de completar a marca de 450 partidas pelo Palmeiras – tem 449 jogos (413 como titular), 88 gols e 102 assistências.
É muito importante um jogador poder fazer história dentro do clube. Nesses 450 jogos, são 12 títulos e estou conseguindo fazer isso aqui no Palmeiras. Fico muito feliz por ter a confiança do Palmeiras, do torcedor. Sem eles, não seria capaz de completar esses recordes”.
Resta saber até quando Leila Pereira vai permitir a permanência de Dudu no Palmeiras. Mesma história de Gabigol em desavença com Rodolpho Landin no Flamengo e a barca furada que o São Paulo entrou ao apostar alto de James Rodriguez.
Futebol tem seus indesejados queridos, os amados malditos. James, Gabigol e Dudu cabem nessas páginas da história.





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