Luiz Antônio Prósperi – 26 julho (10h58)
Clubes da Série A do Brasileirão 2024 estão em uma enrascada por culpa própria nesse início de segundo turno do campeonato. Vítimas de erros do VAR e da arbitragem de campo, clubes se revoltam e notificam a CBF a cada derrota ou derrapada dos senhores do apito. Quando os times apresentam fraco desempenho técnico e não vencem os jogos, apelam às precárias condições dos gramados e o absurdo calendário do futebol brasileiro. E ninguém aponta uma saída digna para esse impasse.
Difícil aceitar essa série de desculpas e jogar pedra na Geni, dita CBF. Aliás se avolumam na CBF as notificações da maioria dos 20 clubes contra erros do VAR e da arbitragem.
A cada rodada, dirigentes aparecem esbravejando contra Comissão de Arbitragem repetindo o bordão:
“Vamos entrar com uma representação na CBF cobrando arbitragem e o VAR pelos erros cometidos contra nossa instituição (caro leitor, troque instituição por nome de um clube de sua preferência) e prejuízos causados no jogo….”
É a reclamação padrão ou satisfação ao torcedor.
“Não vamos admitir mais que a nossa ‘instituição’ seja prejudicada pela arbitragem”. E tome nota oficial.
Almoxarifado da CBF deve estar lotado com pilhas de papel ofício com as notas oficiais dos clubes e a memória dos serviços on-line no limite da sobrecarga.
Tudo em vão. Não há menor unidade entre os clubes para se buscar uma solução. Cada um fala por conta própria e ainda espalha uma inverídica teoria da conspiração contra seu clube em benefício do outro.
Quando arbitragem escapa ilesa, a culpa pela derrota é do péssimo gramado natural ou sintético tanto faz.
E outro vilão que começa a ganhar corpo é o calendário a sobrecarregar os jogadores e comissões técnicas. Não há intervalo mínimo entre um jogo e outro para recuperação dos atletas. E o desperdício de datas sem devido ajustes entre uma competição e outra.
Todas as críticas e cobranças contra a arbitragem de campo e VAR – ainda em fase pré-histórica de atuação -, condições dos gramados e o abjeto calendário se justificam.
O que é de difícil compreensão se resume a uma pergunta:
Por que os clubes não se unem e dão um basta nessa ridícula gestão do futebol brasileiro que tem assinatura deles próprios?
Jogar pedra na Geni, dita CBF, é apenas uma resposta banal ao torcedor. E não acaba com a cretinice de todos dirigentes, seja lá de clubes, federações, arbitragem e CBF.
Se arbitragem é tendenciosa, se os gramados continuam precários e se o calendário é uma porcaria, que os clubes paralisem o Brasileirão 2024 e entrem em regime de urgência para acabar com essa palhaçada.
Ou então vamos dar razão ao fanfarrão virtual do futebol, o businessman americano John Textor, dono do Botafogo, que a tudo enxerga manipulação do campeonato. Alias o Botafogo é o líder do Brasileirão.
Assim caminha o nosso futebol. E La Nave Vá.





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