Luiz Antônio Prósperi – 23 outubro (00h41)
Atlético-MG vence o River Plate por 3 a 0 no jogo de ida das semifinais da Libertadores. Abre boa vantagem contra a poderosa equipe argentina e está a um degrau da final. Façanha extraordinária de um time quase perfeito na fase de grupos e cumpridor de suas estratégias nos jogos eliminatórios. Jogo da volta será no colosso Monumental de Nuñes, um inferno incendiado por 80 mil torcedores, a casa sagrada do River.
A saga do Atlético-MG reforça a tese de que clubes bem estruturados e com grana a granel se sobrepõem aos demais.
O Galo tem estádio próprio, inagurado há um ano. Tem caixa porque tem dono. Orçamento acima da média dos clubes brasileiros, escorado em empresários podres de rico e sem limite para investir quando se faz necessário.
Não por acaso, está pertinho da final da Libertadores e já é finalista da Copa do Brasil.
Flamengo é o rival do Galo na Copa do Brasil. Flamengo com R$ 1,2 bilhão de faturamento por ano. Clube há cinco anos no topo do futebol brasileiro. Time endinheirado e de muito poder técnico no campo de jogo.
Outro novo rico, o Botafogo, briga em duas frentes sentado na montanha de dólares do americano John Textor. Mede forças com o Peñarol a partir dessa quarta-feira (23/10) na semifinal da Libertadores.
E se rivaliza com o Palmeiras na corrida pelo título do Brasileirão. Esse mesmo Palmeiras papa títulos que destoa da maioria de seus perseguidores com muitos recursos financeiros e administração exemplar.
Resumo desse enredo. Atlético-MG, Botafogo, Palmeiras e Flamengo distribuem as cartas no pano verde do futebol brasileiro. E seguem a cartilha de fazer valer a força da grana, que mais ergue do que destrói coisas belas – com o perdão do lendário Caetano Veloso – no mundo da bola. Cadê a concorrência?
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