Luiz Antônio Prósperi – 20 fevereiro (12h31) –
São Paulo chega à fase de mata-mata do Paulistão em situação crítica. No campo, tem tudo de um time invertebrado. Fora do gramado, vive crise de gestão com salários atrasados – alguns jogadores não recebem em dia, outros sim. Dirigentes do clube admitem as pendências e a justificativa é o baixo fluxo de caixa. Seja qual for o problema, a encrenca é o rendimento do time. Apenas uma vitória nos últimos sete jogos – emenda a quinta partida sem vencer.
“É claro que não estamos bem. Nos últimos sete jogos o São Paulo só ganhou um. Obviamente que temos uma queda de rendimento… Pior do que jogamos hoje (derrota 2 a 1 para Ponte Preta) não podemos jogar. Todos que vêm jogando nos últimos jogos têm que olhar para dentro e ver o que podem melhorar” – Calleri.
Diagnóstico de Calleri é superficial. Atuação do time contra Ponte Preta constrange até mesmo o mais fanático torcedor são-paulino. Sai na frente, leva virada e não reage. Se arrasta como um ser sem vértebras.
Oscar, Lucas, Luciano e Calleri, principais artífices da equipe, jogam desinteressados. Não se conectam. Cada um cuida de si e mesmo assim sem vigor. Como se estivessem em outro lugar e não no Morumbi.
Luis Zubeldía, responsável pela condução do time, não consegue nem mesmo injetar sangue nos invertebrados. Nas questões táticas, só pode receber elogios quando se propõe a se defender como no empate (0 a 0) contra o Palmeiras no Allianz Parque.
Tradução: Quando joga e se comporta como um time pequeno, se dá bem. Quando precisa ser grande, desaparece.
Há problemas na arrumação da equipe, no perfil do grupo de jogadores. Receita do caos que se avizinha.
Fora de campo, gestão padece de ideias e planos claros de recuperação financeira. Toda arrecadação de bilheteria está comprometida com credores. Famoso fluxo de caixa não existe.
O irretocável gramado do Morumbi tem parte destroçada por causa do show da Shakira.
Torcida dá sinais de paciência esgotada. Público no jogo com a Ponte Preta: 22.138 torcedores – o pior da temporada e dos últimos anos. O recorde de 2025 foi de 54.855 pagantes no clássico contra o Corinthians.
Quando a torcida começa a pular do barco, o naufrágio é logo ali.
E pode sobrar para o menos culpado de tudo isso: Luis Zubeldía, pobre coitado.
Bom lembrar que a pré-temporada começa com passeio à Disney e alguns amistosos sem nexo.
Então, não leve a sério essa história de que o São Paulo entregou o jogo contra a Ponte Preta para prejudicar o Palmeiras, em risco de não se classificar ao mata-mata do Paulistão.
São Paulo leva a virada porque não anda ereto, se arrasta. Comportamento dos invertebrados.





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