PRÓSPERI NEWS

♦ Questão agora é entender como vai se comportar Ancelotti nesse cenário de incertezas da CBF, todo o caldo das imperfeições do nosso futebol

♦ Nossa essência no mundo da bola acaba de ser chutada para o outro lado do Atlântico

Luiz Antônio Prósperi – 12 maio (11h52)

Carlo Ancelotti é novo técnico da Seleção Brasileira, anuncia a CBF nesta segunda-feira (12/5). Contratação se arrastava desde 2023. Entre o sim do italiano e a confirmação do acordo, Seleção enfrenta uma de suas piores crises da história com derrotas humilhantes, perda de identidade e distanciamento da torcida. Tarefa de Ancelotti é estancar a sangria e devolver ao escrete o futebol pentacampeão do mundo.

Não custa alertar: Ancelotti tem contrato com o Real Madrid até 2026 e o clube espanhol não havia anunciado, até as 12h15 desta segunda-feira (12/5), a saída do técnico italiano.

Antes das minúcias e expectativas do trabalho a ser executado por Ancelotti, a única boa notícia até aqui é que agora a Seleção tem um comandante de respeito internacional. E vencedor em todas ligas europeias.

Se o Brasil queria ser europeu da cabeça aos pés no futebol, o desejo está realizado.

Temos um técnico da Europa e jogadores em sua maioria atuando no continente a validar todas patentes do futebol estrangeiro.

Nossa essência no mundo da bola acaba de ser chutada para o outro lado do Atlântico.

Contrato de Ancelotti vai até a Copa do Mundo 2026. E a estreia está marcada contra Equador em Guayquil e Paraguai na Neo Química Arena do Corinthians, em junho.

Ancelotti, primeiro técnico estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira na era do profissionalismo, chega em um momento de pouco sucesso no Real Madrid sem carimbar um título na temporada.

Expectativa é a primeira convocação, prevista para dia 26 de maio. E, mais sério, como será a relação do italiano com o futebol brasileiro.

É evidente as boas amizades de Ancelotti com Falcão, astro do Brasil e Roma na década de 1980, Kaká, na época de Milan entre 2003 e 2009, Ronaldo Fenômeno, Junior e até Tite, que tem no técnico italiano um guru.

A questão que se coloca é entender como vai se comportar Ancelotti nesse cenário de incertezas jurídicas e gestão temerária da CBF, todo o caldo das imperfeições do nosso futebol.