Bauza encaixa o São Paulo na Libertadores 2016

 

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Jogador do Toluca comemora primeiro gol na vitória inútil

Eduardo Bauza, técnico argentino com dois títulos da Copa Libertadores, parece ter encaixado o São Paulo nesta competição. Depois de uma primeira fase melancólica, com a classificação no limite, o Tricolor se endireitou e já está nas quartas de final ao eliminar o Toluca com a vitória por 4 a 0 no Morumbi e a derrota por 3 a 1 no México nesta quarta-feira, na altitude de 2.600 metros.

O que Bauza precisa agora é domar seus jogadores estrangeiros. No jogo contra o Toluca foi obrigado a sacar Calleri, no comecinho do segundo tempo, por ter levado cartão amarelo – o argentino vinha de suspensão por ter sido expulso contra o The Strongest. E perdeu outro argentino, o atacante Centurión, que cuspiu na cara de um jogador do Toluca, expulso.

Sem entrar no mérito da atitude dos argentinos do São Paulo, nada do que havia sido combinado entre Bauza e os jogadores funcionou no primeiro tempo. O time paulista não teve posse de bola, não chegou com perigo no campo do adversário e mostrou muita fragilidade na jogada aérea do Toluca. Fechou os 45 minutos com um déficit de um gol e agradecendo aos céus por não ter levado mais

Este enredo poderia ter sido outro se Talavera não tivesse defendido uma cobrança de falta de Wesley, com um minuto de jogo. Aliás, esse disparo e mais dois frustrados de Michel Bastos e Thiago Mendes foram as finalizações do Tricolor. Muito pouco.

De resto, levou um bombardeio na sua área, sempre partindo do setor esquerdo do ataque mexicano. Essa era a única e acertada estratégia do Toluca. Mesmo assim, o São Paulo não conseguiu neutralizar a origem dessa artilharia pesada na área de Denis.

imagesPesou ainda contra o time de Bauza (foto), a acomodação por ter iniciado o jogo com a vantagem quilométrica dos 4 a 0 imposta no Morumbi na semana passada. Os jogadores sabiam que não seria nada fácil ao Toluca encurtar essa distância, mas sofreram um bocado depois do gol dos mexicanos.

No segundo tempo, seria uma obrigação do São Paulo acertar pelo menos um contra-ataque. Não custa lembrar que Paulo Henrique Ganso estava no banco por ordem e opção de Bauza. Sem o maestro ficava  difícil acionar Calleri.

E, com 5 minutos, em um ataque comum pelo setor esquerdo, Michel Bastos aproveitou vacilo da marcação do Toluca, bateu cruzado empatando o jogo. Fez o gol e pediu para sair apertando a coxa direita – Centurión entrou no seu lugar. Naquele momento, o time mexicano teria de fazer cinco gols e não levar nenhum.

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Michel Bastos resolveu mais uma vez

Centurión entrou e no seu primeiro lance sofreu um pênalti que o árbitro, e só ele, viu fora da área. Um erro absurdo. Mas os jogadores do Tricolor não peitaram a vossa senhoria do apito. Passividade que foi castigada com mais um gol do Toluca, aos 18 minutos. Eles, os mexicanos, tinham de fazer mais quatro em pouco mais de 30 minutos – marcaram apenas um, aos 41. E pararam por aí.

Sem muitos sustos e com uma postura mais inteligente, o São Paulo administrou a vantagem construída no Morumbi. O time de Bauza, e graças a ele, está nas quartas de final. De quase morto na primeira fase, renasceu e quer vida longa na Libertadores 2016.