São Paulo sofre a cada rodada no Brasileirão. Cada vitória é um parto. Não há um momento de trégua. Bom dessa história é que cumpriu bem sua missão de vencer dois concorrentes na corrida contra rebaixamento, Figueirense no domingo e Cruzeiro nesta quinta-feira. Dois jogos em casa, duas vitórias. Na conta do chá, está na 12ª colocação, com 34 pontos, a 8 do G-4 e a seis da zona de rebaixamento.
Tarefa hercúlea para se distanciar dos que vão cair e corrida em vão de se aproximar dos que vão brigar pelo título ou por uma vaguinha na Libertadores. Essa é a sina do Tricolor.
O problema do São Paulo não são os números. Matemática por matemática, a pontuação sugere uma esperança. Difícil mesmo é ter confiança em um time sem repertório, inseguro e refém de obras do acaso como no gol de Wesley, ainda no primeiro tempo, em chute arriscado de longa distância perfeitamente defensável.
Desse gol fortuito e da conhecida covardia de Mano Menezes, em especial no primeiro tempo, o São Paulo se impôs. Dominou todas as ações, encurralou o time mineiro e, não fosse pela falta de ousadia, poderia sido mais ambicioso.
No segundo tempo, quando Mano se lembrou que um dia foi técnico de Seleção Brasileira, o Cruzeiro assumiu o controle da situação. Fez tudo diferente do que havia feito na primeira etapa, encantoou o São Paulo, criou muito e finalizou mal. E pagou caro por sua incompetência na hora de mandar a bola ao gol.
Sorte do São Paulo. Depois de um primeiro tempo imponente, se recolheu na sua mania de ser pequeno nesta temporada e se salvou com aquele gol de Wesley.
Times que se acostumam com a falta de ambição sofrem a cada rodada. Essa parece ser a sina do Tricolor. Duas vitórias consecutivas aliviam a dor, mas não curam a chaga.
FICHA DO JOGO
São Paulo 1 x 0 Cruzeiro
Gol: Wesley, aos 42 minutos do primeiro tempo
São Paulo: Denis; Julio Buffarini, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson (João Schimidt), Thiago Mendes, Wesley e Cueva (Carlinhos); Kelvin (Luiz Araújo) e Andres Chavez. Técnico: Ricardo Gomes
Cruzeiro: Rafael; Lucas (Ezequiel), Bruno Rodrigo, Manoel e Edimar; Henrique, Lucas Romero, Robinho e Rafinha (Marcos Vinicius); Rafael Sobis (Alisson) e Willian. Técnico: Mano Menezes
Juiz: Diego Almeida Real
Público: 15.566 pagantes
Renda: R$ 361.885,00
Cartão vermelho: Manoel
Local: Morumbi.