Palmeiras vai mudar seu perfil na próxima temporada. Aquele time campeão brasileiro, moldado a trocar passes e fazer do ataque uma avalanche, deve ser mais conservador. Vai perder leveza. A mudança é em função da Copa Libertadores, principal meta do clube em 2017. Contratações do porte de Felipe Melo, Guerra e, provavelmente, do lateral Willian (Internacional de Porto Alegre) e o atacante Borja atendem às exigências de um time mais cascudo, rodado. Falta nesse pacote, um extra-série do porte de Gabriel Jesus.
Essa mudança quase radical vem de uma análise feita por Cuca e o comando do Palmeiras de que o time precisa de jogadores de alta quilometragem, de bagagem internacional. Peças que faltaram na campanha da Libertadores de 2016. Daí a busca por Felipe Melo, volante de 33 anos e com carreira consolidada na Europa, e Guerra, meia de 31 anos, de muita estrada no futebol sul-americano.
Felipe Melo e Guerra têm poder de fogo para revirar o time, agora sob direção do novato Eduardo Baptista. Chegam para equilibrar a balança com o punhado de jovens que estavam no grupo e os que chegaram há pouco – casos de Raphael Veiga e Hyoran e Keno, de 27 anos.
Assim, Baptista teria gente de estofo. Anote aí: os goleiros Fernando Prass e Jailson, os defensores Edu Dracena, Mina (21 anos), Zé Roberto, Egídio; os meias e volantes Jean, Arouca (se não entrar em uma transação), Felipe Melo, Cleiton Xavier, Moisés e Guerra; os atacantes Alecsandro, Rafael Marques, Dudu e Lucas Barrios (se não for vendido).
No outro prato da balança, sangue novo com o goleiro Vinicius Silvestre e mais Vitor Hugo, Thiago Martins, Fabiano, Tchê Tchê, Gabriel, Thiago Santos, Raphael Veiga, Hyoran, Vitinho (da base), Roger Guedes e Erik.
Um grupo de boas e qualificadas opções ao treinador. E também gente de gabarito para se montar um time pesado, de marcação e velocidade no ataque. Um derivado do que foi a equipe de Cuca na campanha do título do Brasileirão.
Faltaria apenas um atacante com o impacto de Gabriel Jesus. Convenhamos, não é fácil encontrar no mercado. Uma contratação como essa exige criatividade do novo presidente Mauricio Galiotte, do olho clínico do executivo Alexandre Mattos, da percepção do técnico Eduardo Baptista e, por fim, o mais valioso, da grana do patrocinador.
Quem seria esse jogador? Luan, do Grêmio, se encaixa neste perfil.
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