Gabigol, atacante do Flamengo, e MC Gui, expoente do funk ostentação, flagrados em um cassino clandestino em São Paulo na madrugada deste domingo (14/3). Os dois estavam aglomerados com cerca de 200 pessoas, informa polícia paulista. Saíram do recinto direto para uma Delegacia. Em seguida, liberados.
Gabriel Barbosa, o Gabigol, ainda “terá de comparecer à Justiça caso o Ministério Público decida processá-lo pelo crime previsto no artigo 268 do Código Penal, o de infringir determinação do poder público destinada a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa”, relata o site ge.globo.
Estado de São Paulo está muito perto de um colapso hospitalar diante da pandemia do coronavírus. Nesta segunda-feira (15/3), São Paulo entra em fase de mais restrições, uma tentativa de se evitar o aumento nos casos de Covid e, efeito direto, reduzir as mortes.
Gabigol, parece, não conhecia essa determinação do governo paulista. E, pior, se mostra com um “nem aí” diante da tragédia brasileira com perto de 300 mil mortos vítimas da Covid.
O flagrante no cassino acontece um dia antes de Gabigol se reapresentar ao Flamengo, após período de folga desde a conquista do Brasileirão no fim de fevereiro. Portanto, um alto risco de Gabigol ter sido contaminado no cassino e de contagiar os companheiros de time nesta volta aos treinamentos no Ninho do Urubu.
A irresponsabilidade de Gabigol acontece três dias após divulgação de um extenso relatório elaborado pela CBF no qual a entidade “garante como o futebol brasileiro é seguro nesses tempos de pandemia”.
“No total (entre agosto 2020 e fevereiro 2021), foram realizadas mais de 89 mil testes, com o monitoramento de 13.237 atletas entre todas as competições. A taxa de testes com resultados positivos foi de 2,2%. O acompanhamento dos jogadores também contou com a análise de 116.959 inquéritos epidemiológicos e 4.860 planilhas de jogos”, diz a CBF.
“A CBF também anunciou atualizações no protocolo sanitário para a temporada de 2021, como: teste RT-PCR em média 72 horas antes de cada partida para atletas e extensivo à comissão técnica no campo de jogo; teste RT-PCR após 72 horas do retorno da delegação nas rodadas como visitante, se o intervalo para a partida seguinte exceder cinco dias; notificação compulsória dos casos positivos à Comissão Médica Especial da CBF – obrigatória para análise de liberação do isolamento respiratório; rastreamento epidemiológico em viagens aéreas, hospedagens e relações de contatos próximos”, determina relatório da CBF.
Robinho condenado
Robinho não se aglomerou como Gabigol. Mas está muito perto de ser detido.
Confira relato do site ge.globo publicado dia 9 de março 2021:
“A Corte de Apelação de Milão confirmou nesta terça-feira (09/3/2021) a sentença de nove anos de prisão para o atacante Robinho e seu amigo Ricardo Falco pelo crime de violência sexual contra uma mulher albanesa, em 2013, na Itália, época em que o jogador defendia o Milan.
A sentença já havia sido proferida em dezembro, mas o texto foi publicado nesta terça, um dia antes do vencimento do prazo legal, como uma formalização da condenação.
Nele, as juízas Francesca Vitale (que presidiu o julgamento), Paola Di Lorenzo e Chiara Nobili destacaram ‘particular desprezo (de Robinho) em relação à vítima, que foi brutalmente humilhada’ e a tentativa de ‘enganar as investigações oferecendo aos investigadores uma versão dos fatos falsa e previamente combinada’”, diz o ge.globo.
Robinho pode recorrer em última instância.
Neymar em apuros
“Agripino Magalhães, militante do movimento Aliança Nacional LGBTI+, acusa o jogador Neymar da Silva Santos Junior de tentar suborná-lo para que ele retire uma denúncia, aceita em junho de 2020 pelo Ministério Público de São Paulo, em que o jogador é investigado por supostas ameaças de morte contra o ativista”, relata site Brasil de Fato.
De acordo com Magalhães, em entrevista ao Brasil de Fato, um representante de Neymar o procurou e ofereceu R$ 350 mil para que a denúncia seja retirada.
“Eu disse que não, pois não estou processando eles por dinheiro”, afirma o ativista. O caso se tornou um inquérito da Polícia Civil e está sendo investigado pela 15ª DP, no Itaim Bibi, zona sul de São Paulo.
As ameaças começaram, de acordo com Magalhães, após ele entrar com uma representação no Ministério Público contra Neymar e seus “parças”, em 8 de junho de 2020.
Na época, circulou um áudio nas redes sociais em que o jogador conversa com um grupo de amigos sobre Tiago Ramos, namorado de Nadina Santos, sua mãe.
Os amigos sugerem que Ramos seja torturado com um cabo de vassoura e Neymar o chama de “viadinho”, fazendo alusão à sua bissexualidade. Agripino Magalhães, que é deputado estadual suplente pelo PSB em São Paulo, decidiu denunciar o atleta por homofobia.
A promotora Cristiana Tobias Steiner, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, afirmou que “não há nos áudios intenção de cometimento de crimes em razão da homossexualidade da vítima”.
Ela também não enquadrou o caso como crime de homofobia segundo o entendimento mais recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que equipara ao crime de racismo”, diz Brasil de Fato.
Defesa de Neymar não havia se pronunciado a respeito dessa denúncia, até domingo (15/3).
Meninos da Vila
Gabigol, Robinho e Neymar nasceram para o futebol no berço da Vila Belmiro, revelados pelo Santos. Três geniais atacantes, de enorme talento e orgulho da maioria de torcedores santistas. Orgulho dentro de campo, que fique bem claro.