Guardiola é a essência do futebol e o futebol é a imagem de Guardiola. O futebol existiria e se perpetuaria mesmo se um dia Guardiola não existisse. O problema ou a dádiva é que Guardiola está entre nós. A coroação do Manchester City, campeão da Champions League em junho de 2023, legitima, apaga e reescreve essa verdade. Guardiola é o futebol.
Muitas falas perdidas nas nuvens das redes sociais, muitos analfabetos do jogo da bola, muitos incautos e odientos dos modismos de hoje terão tempo de sobra para negar Guardiola. Aqueles que se apegam aos pedaços, às migalhas sem ver a luz, podem ter alguma dúvida desse extraordinário treinador. Que se ajoelhem e paguem por seus pecados.
Nenhum técnico do mundo, em todos os tempos do futebol, teve ou têm a ousadia de Guardiola. Alguns marcam pela inquietude, outros por audácias e a maioria pela sobrevivência. Nenhum deles pensa em mudar os parâmetros, mudar o curso do rio sem construir uma represa ou bloquear uma cachoeira.
Pois bem, Guardiola aceita e sabe como navegar em águas revoltas, não faz barragens a inibir açudes. A natureza do futebol domina seu cérebro. Difícil ver um time de Guardiola jogar feio, não ter paixão pela bola.
A conquista inédita do Manchester City, seja movida a milhões de euros – aliás essa é desculpa dos que negam o guardiolismo – ou a inferioridade técnica da Inter de Milão, não tem o poder de um eclipse a deitar sombra ao talento de Guardiola.
Daqui a muitos e muitos milhares de anos no futebol se vai recitar: A Guardiola o que é de Guardiola.





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