Em quatro rodadas, treinadores ainda não caíram neste Brasileirão

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Incrível, chegamos na quinta rodada do Campeonato Brasileiro 2016 sem nenhuma demissão de treinadores. Quadro atípico se compararmos ao que aconteceu no Brasileirão 2015. Naquela temporada, registramos mais de uma queda por rodada nas cinco primeiras. Fechamos na 38.ª com 32 trocas de técnicos envolvendo 19 dos 20 clubes participantes da competição nacional.

Caíram Felipão (Grêmio, 1.ª rodada), Ricardo Drubscky (Fluminense, 2.ª), Vanderlei Luxemburgo (Flamengo, 3.ª), Marcelo Oliveira (Cruzeiro, 4.ª), Hermerson Maria (Joinville, 5.ª) e Milton Cruz (São Paulo, 5.ª).

images-3O único sobrevivente da degola coletiva de treinadores em 2015 foi Tite, não por acaso campeão com o Corinthians.

Neste Brasileirão de 2016, as quedas de técnicos ainda não se consumaram, apesar da pressão alta em clubes como Coritiba, Sport e Atlético-PR. Não entra nessa conta a saída de Diego Aguirre do Atlético-MG. A substituição se deu pela eliminação do Galo na Copa Libertadores diante do São Paulo.

Entre os mais ameaçados aparece Gilson Kleina, do Coritiba. O treinador ficou por um fio após a derrota para o Grêmio no domingo. Dirigentes do clube paranaense optaram por demitir o diretor de futebol. Kleina ganhou um suspiro até o jogo desta quarta-feira em casa contra a Chapecoense.

Oswaldo de Oliveira também corre risco de cair se o seu Sport não vencer o clássico com o surpreendente Santa Cruz, no Arrudão. É a mesma situação de Paulo Autuori no Atlético-PR que enfrenta o Internacional no Beira-Rio.

As quedas anunciadas não devem produzir efeito imediato nesses clubes. Seria interessante uma reflexão dos dirigentes pela permanência dos treinadores, mesmo com resultados não satisfatórios.

Demissões sucessivas contribuem, e muito, para baixo nível dos jogos no campeonato e a insegurança dos técnicos.

images-2“Os treinadores precisam de tempo para fazer um bom trabalho. Não se forma um time da noite para o dia. O nosso futebol só vai crescer se os treinadores tiverem continuidade. Eles  podem dar mais qualidade ao futebol brasileiro. O momento é deles”, disse Falcão, no programa Bem Amigos, do SporTV, nesta segunda-feira.

Falcão foi demitido do Sport, após 77 dias no comando do clube, antes da abertura do Brasileirão de 2016. Na temporada passada, Falcão substituiu Eduardo Baptista, que havia deixado o clube pernambucano na 26.ª para assumir o Fluminense.

Falcão disse que está no mercado e, conhecedor que é do futebol brasileiro, tem certeza de que ainda vai assumir um time neste campeonato nacional.

“Tenho acompanhado todos os  times no Brasileiro. Uma hora vou ser chamado e preciso estar atento a todos, como jogam, seus jogadores. É questão (voltar a um clube) de tempo.”

Em breve, Falcão pode ter a companhia de outros dois ex-treinadores de Seleção Brasileira e de currículo. Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes enfrentam dificuldades, sem falar em rejeição, no futebol chinês e podem voltar. Multas rescisórias milionárias de seus contratos ainda seguram Mano e Luxemburgo na China.