Seleção Brasileira volta ao Mineirão do 7 a 1 com outra cara no duelo contra rival Argentina. Craque brasileiro vive expectativa de enquadrar na bola seu companheiro de Barcelona
Neymar recebe Messi no Mineirão de amarga lembrança. Leais companheiros de Barcelona e letais aos adversários, são chamados ao duelo neste jogo incomum entre Brasil x Argentina, valendo três pontos nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Noite de gênios. Cada um a seu jeito têm obrigação do protagonismo. Não se pode esperar outra coisa a não ser que vão fazer o diabo para vencer. Não é só isso. O clássico reúne um punhado de formidáveis jogadores pelos quais os europeus endinheirados pagam fortunas para vê-los jogar em seus times aos fins de semana. Brasil x Argentina é quase tudo de bom e uma prova de fogo ao técnico Tite.
Aliás, Tite terá pela frente um gigante de verdade. Ao ser batizado no comando da Seleção, com vitórias absolutas em cima de Equador, Colômbia, Venezuela e Bolívia, treinador vai encarar pela primeira vez um campeão mundial. Um desafio extremo a saber se seu jeito de armar o escrete é mesmo o mais adequado no momento.
Certamente Tite vai contrapor Messi com Neymar. Se o argentino merece vigilância sem trégua, o mesmo se pode dizer do craque brasileiro ao adversário. Vai ser interessante observar como as duas seleções vão se movimentar na órbita das duas estrelas.
Ao meu ver, o vencedor vai ser o time que conseguir controlar os craques. O clássico passa por eles. Tite adiantou que não pretende colar um cão de guarda em Messi. Bauza não deu pistas, mas não será surpresa se mandar o irascível Mascherano a fazer o serviço sujo na caça a Neymar.

Do lado da Seleção Brasileira, a curiosidade passa pela armação do time. Com Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar no ataque, Tite sinaliza um jogo ofensivo. Sem falar no apetite dos laterais Daniel Alves e Marcelo em busca da linha de fundo.
Cabe ainda a expectativa em cima de Gabriel Jesus, autor de quatro gols em quatro jogos do escrete. Se emplacar uma grande jornada, já pode pedir passagem entre os grandes.
Por jogar em casa, liderar a tabela das Eliminatórias, o Brasil deve entrar menos pressionado. Fora da zona de repescagem, Argentina precisa vencer a todo custo em busca de oxigênio. Bauza é contestado como Dunga era até pouco tempo. Corre risco de ser demitido se não conseguir um bom resultado.
Se eu fosse você reservaria um lugar de honra na sala, de frente para sua TV HD, a partir das 21h45. Deixaria tudo de lado e se concentraria apenas no fatídico Mineirão do 7 a 1 da Alemanha. Não leve em consideração aquele sabugo dos alemães nas semifinais da Copa de 2014. No jogão de hoje apenas o cenário lembra a tragédia. Em campo, a constelação de brasileiros e argentinos vale a pena ser contemplada. Não é toda noite que os astros se alinham no firmamento.