Paulo Henrique Ganso deixou o São Paulo negociado ao Sevilla por 10 milhões de euros, em junho de 2016. Convenceu dirigentes do clube paulista do seu desejo de jogar no futebol europeu. Carregou com a sua transferência o sonho de se destacar no time de Jorge Sampaoli e dali pular para um gigante, quem sabe um Real Madrid, um Barcelona, reatar a parceria com Neymar. Seis meses depois, Ganso sofre duras críticas e pouco aparece em campo. Quando joga, vira alvo de pedradas da imprensa local.
Sua desastrosa atuação na derrota (3 a 0) do Sevilla para o Real Madrid nesta quarta-feira (04/01), na Copa do Rei, durou apenas 45 minutos. Sacado no intervalo, viu seu nome ser escorraçado nos jornais espanhóis.
“O ritmo de Ganso o impende de jogar contra uma equipe tão exigente como o Real Madrid. A dura realidade é que ele não divide nenhuma bola, observa as jogadas passivamente do semicírculo da área central, por exemplo. Ele tem capacidade de fazer algo diferente, mas atualmente é um a menos em campo”, disse o Diário de Sevilla.
“O brasileiro deixou claro que seu ritmo vale para países de menos nível. Na Espanha, foram apenas flashes. Durou apenas 45 minutos (contra o Real Madrid). Sampaoli, seu principal patrocinador no Sevilla, teve que retirá-lo porque os adversários não encontravam qualquer oposição ali. O técnico argentino acha que pode tirar de Ganso o futebol que há lá dentro, mas a desvantagem é que a qualidade dele não está acompanhada de velocidade e sacrifício, como se espera no futebol espanhol”, relatou o Marca.
Aos torcedores e imprensa espanhola o prazo de Ganso venceu. Sampaoli, por enquanto, é seu único defensor. Até por isso, o jogador brasileiro tem ainda esperança de voltar a atuar em alto nível.
O problema é que falta mobilidade. Desde que seus joelhos foram avariados por lesões e cirurgias, Ganso não emenda uma boa temporada na outra. Futebol ele tem de sobra. Resta saber se vai atender às exigências da bola que se joga na Europa. O tempo escorre e seu talento não consegue convencer os críticos.
Por enquanto, sua volta ao futebol brasileiro está descartada. Nem mesmo uma transferência dentro do futebol europeu é cogitada nesta janela do mercado em janeiro.