Neymar pediu Argentina na final contra Brasil. Messi disse sim. A decisão da Copa América 2021 será mesmo entre brasileiros e argentinos neste sábado (10/7) no Maracanã.

Nem de longe foi como Messi queria. A vaga chegou com drama na decisão de pênaltis contra a Colômbia – 1 a 1 nos 90 minutos, 3 a 2 nas penalidades. Goleiro gigante Martinez defendeu três vezes e pulverizou os colombianos.

Martinez chamou a responsabilidade. Esgarçou os nervos dos adversários com provocações garantindo a cada um deles que defenderia as cobranças. E cumpriu a promessa.

Na celebração dos argentinos, após vaga confirmada, tem o pequeno Messi escalando uma montanha em busca do abraço no grandalhão Martinez. Um abraço de reconhecimento e gratidão.

Messi estava em êxtase com a vitória. Nem poderia ser diferente. O sangue no seu tornozelo esquerdo era o símbolo de o quanto perseguiu esse momento de se credenciar com Argentina à final da Copa América.

Dele partiu a assistência ao gol – a quinta nesta Copa América – de Lautaro Martinez nos primeiros minutos do jogo contra a Colômbia nas semifinais. Era um aviso de que não abriria mão de chegar à decisão do torneio.

Messi não contava com a disposição absurda dos colombianos a disputar cada palmo de grama como se fosse o último de suas vidas. Tamanha entrega teve seu prêmio: gol de empate com Luiz Diáz no segundo tempo.

Gol que fez tremer a Argentina e sufocar Messi em busca de soluções urgentes sob pena de não ir à decisão com Brasil.

Instável, ansiosa, seleção argentina sofreu após o gol de empate, reagindo apenas nos dez minutos finais quando Messi já estava sem ar. O craque não conseguiu empurrar o time à vitória e se viu obrigado a viver o drama dos pênaltis. Aí apareceu Emiliano Martinez fechando o penúltimo capítulo da Argentina nesta Copa América.

Classificado à final contra o Brasil, Messi vai reencontrar seu ex-companheiro de Barcelona, o Neymar. O desfecho natural do torneio – o rio corre para o mar.

Neste embate, Seleção Brasileira tem mais time que a Seleção Argentina. Joga em casa. Está mais leve. Neymar anda no prumo.

A encrenca é que do outro lado tem Messi. E o craque não parece disposto a contemplar recital solo de Neymar. Aceita o desafio e já afina as cordas para executar seu repertório.