Gustavo Scarpa e Dudu não aparecem na lista dos 26 de Tite na Copa do Mundo Qatar 2022. Injustiçados. Treinador da Seleção prefere Everton Ribeiro, 34 anos, e Gabriel Martinelli, 21, na corrida rumo ao hexa no deserto.
Treinador de Seleção – como diria Alex, outro preterido em duas Copas do Mundo – nem sempre leva os melhores e sim os de sua preferência.
É o caso de Scarpa, um jogador de múltiplas funções, de excelência nas bolas paradas, criação e chutes ao gol. Se preciso for, joga pelos lados e se vira bem até de lateral-esquerdo. Tem sido destaque do campeão Palmeiras no Brasileirão e ao longo da temporada.
Scarpa não vai ao Qatar. Everton Ribeiro vai. O meia do Flamengo deu um sprint neste fim de ano no futebol brasileiro, deixando para trás jornadas sem brilho e mórbidas do primeiro semestre.
Tite acredita em Everton Ribeiro. Admira Scarpa, mas não teve coragem de levar o meia do Palmeiras.
Dudu também é freguês da lista das injustiças na Seleção. Desde 2016, com um pequeno hiato em 2020 quando se aventurou no futebol do Qatar, o baixinho atacante tem feito a diferença no Palmeiras. Todos os anos é aclamado como destaque do Brasileirão.
Da geração de Neymar e Casemiro campeã do Mundial Sub-20 em 2011, Dudu entorta adversários, faz gols às pencas, assistências se multiplicam. É diferente e atrevido. Tem 30 anos.
Tite aposta no garoto Gabriel Martinelli, 21 anos, em alta no futebol inglês neste início de temporada na Europa.
Sinceramente, sem lastro de Seleção, Martinelli pode encantar serpentes na Copa do Qatar, mas não era hora de ocupar o lugar que caberia a Dudu.
Gabigol, aos olhos da multidão, seria outro injustiçado. Seu histórico na Seleção o condena. Teve muitas chances com Tite e não emplacou. Aquece a torcida do Flamengo e esfria o coração do treinador do escrete.

Analistas em geral aprovam a lista dos 26 jogadores de Tite rumo ao Qatar. Na relação dos convocados, bons e promissores nomes.
Falta um pouco de gente mais criativa na chamada meiuca, onde o jogo se resolve. Paciência.
Tite é refém de seu jogo burocrático, organizado. Apenas no ataque se permite à fuzarca dos garotos – os tais perninhas rápidas. Nesse item, nota alta ao professor.
Duro mesmo é explicar a convocação de Daniel Alves, 39 anos, e há mais de um ano sem jogar absolutamente nada. Dani tem carisma, é o maior levantador de taças do mundo. Pode ser brindado com mais uma no Qatar.
Pode ser também o vilão de Tite se a Seleção fracassar no deserto. A conferir.

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