Messi, Suárez e Neymar não apareceram no clássico que o Barcelona perdeu por 2 a 1 para o Real Madrid, com 99 mil torcedores no Camp Nou. Sem inspiração, fatigados e com pouca disposição, os três foram engolidos pelo sistema defensivo do Real. Para não ser injusto, jogaram mais ou menos os primeiros 15 minutos do jogo. Depois, desapareceram.

Eficiência madridista à parte, Messi, Neymar e Suárez acusaram o cansaço dos jogos que serviram suas seleções, entre quinta e terça-feira, pelas Eliminatórias da Copa de 2018. Dos três, o mais desgastado foi sem dúvida o uruguaio, que correu pra burro nas partidas contra o Brasil e Peru. Messi também pouco se empenhou. De seus pés nasceu uma pintura manchada pela extraordinária defesa de Navas em um chute colocado que poderia ser um belo gol do Barça.

Neymar foi o pior dos três. Acumulando apenas um jogo pelo Brasil – no empate 2 a 2 contra o Uruguai -, o atacante não enfrentou o Paraguai por estar suspenso. E até por isso se esperava um pouco mais de lucidez no clássico diante do Real Madrid. Ciscou e pouco produziu.

Do lado branco da partida no Camp Nou, a de se destacar os serviços prestados por Casemiro. O volante, limitado por natureza, cumpriu muito bem seu papel plantado à frente da zaga do Real. Fez o que mais sabe fazer: destruir o ataque inimigo. Sua atuação provocou um frisson entre os são-paulinos nas redes sociais.”Kaisermiro” e “Casemito” postaram os orgulhos torcedores do São Paulo.

Voltando ao clássico, sem avassaladora atuação do trio MSN, o Barcelona se rendeu à estratégia do Real Madrid, muito bem articulada por Zinedine Zidane. Um dos pontos altos do time foi o lateral Marcelo. Investido de meia, desmontou a defesa do Barcelona. Marcelo  assombrou o Camp Nou. E mandou um recado a um treinador atormentado: Dunga eu estou aqui.

De resto, a vitória do Real foi justa. Jogou para bloquear o inimigo e ferroar nos contra-ataques.