
Alemães não entendem como um time arregaça defesas dos adversários, cria uma oportunidade atrás da outra e vence por apenas 1 a 0. A história se repetiu nesta terça-feira (21/6) na vitória por 1 a 0 contra a Irlanda do Norte, resultado que leva aos alemães às oitavas de final da Euro-2016. A seleção dos 7 a 1 na Copa de 2014 vive uma crise de identidade com os gols.
Se você pegar o primeiro tempo desta partida no Parque dos Príncipes em Paris vai observar que Alemanha triturou a Irlanda do Norte. Fez quase tudo do que se espera de uma seleção tetracampeã do mundo. Coletiva, quando o jogo exigiu, criativa na troca de passes em busca do gol e segura. Absoluta.
Só os alemães jogaram bola. Desde os minutos iniciais empurraram os norte-irlandeses para dentro da sua área. Carimbaram a trave por duas vezes, com Thomas Muller, até sair o gol de Mario Gomez, aos 28, em boa trama com Ozil e Muller.
Gol solitário que não traduziu o amplo domínio alemão, time armado no 4-2-3-1 por Joachim Low. Um esquema que privilegia a saída de bola do correto Khedira e do extraordinário Toni Kross. Cumpriram com rigor a máxima de que a bola que sai redonda da zona de criação chega mais redonda ainda na zona de gol.
Do lado da Irlanda do Norte, apenas o reconhecimento da superioridade do adversário. Se fechou com tudo o que tem direito à espera de um milagre. De espetacular, o show de sua torcida cantando a música em homenagem ao atacante Will Grigg, reserva do time, mas de muito carisma entre os norte-irlandeses. Detalhe, ele joga no Wigan, na Segunda Divisão da Inglaterra.

No segundo tempo, Alemanha começou intensa. Teve chances de ampliar com Gotze, mas vacilou nas finalizações. A partir dos 15 minutos, diminuiu o volume do jogo. Cedeu terreno e assumiu a burocracia.
Low trocou Gotze por Schurrle. Depois, Khedira por Schweinsteiger em busca de mais animação e eficiência. Os campeões do mundo voltaram a controlar a partida, sem empolgar, tocando o barco até o fim.
A Irlanda do Norte bem que pensou em reivindicar algo mais, mas esbarrou na falta de repertório. No futebol, nem sempre boa vontade e entrega resolvem os problemas de um time. Valeu pela festa de sua simpática torcida.
Ainda no Grupo C, a Polônia se classificou em segundo lugar ao derrotar a Ucrânia por 1 a 0, gol de Biaszczykowski. Os ucranianos não marcaram nenhum gol em três jogos na Eurocopa 2016. Ridículo.

CLASSIFICADOS NOS OUTROS GRUPOS
França, Suíça, Inglaterra e País de Gales avançaram em seus grupos às oitavas de final. Destaque para os galeses, que escreveram um capítulo definitivo ao passar de fase em uma competição internacional de peso desde a Copa do Mundo de 1958 na Suécia.

Quem fez história para valer foi Sadiku, autor do primeiro gol da Albânia em um torneio de expressão como a Eurocopa. Gol que deu a vitória por 1 a 0 contra a Romênia.
“Tenho certeza que demos uma grande alegria aos torcedores albaneses. Não apenas aos que estão na Albânia, mas aos albaneses que vivem por todo o mundo. Onde quer que vamos, encontramos sempre pessoas que nos querem apoiar e mostrar gratidão pelo que fazemos. Hoje tivemos o que nos faltou nos dois primeiros jogos, é preciso marcar para vencer”, disse o italiano De Biasi, treinador da seleção da Albânia.

Veja a classificação nos grupos com jogos da primeira fase encerrados
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