Seleção Brasileira vence Gana sem nenhum constrangimento no penúltimo amistoso antes da estreia na Copa do Mundo Qatar 2022. A vitória por 3 a 0, construída no primeiro tempo, tem participação decisiva do atacante Richarlison, autor de dois gols, em Le Havre na França.
Brasil molda o primeiro tempo do amistoso ao seu feitio. A partir do gol de Marquinhos, de cabeça, aos 9 minutos, o jogo se transforma em treinamento da Seleção tamanha fragilidade defensiva de Gana. Acrescenta-se aí a qualidade de ataque do time de Tite.
Não seria fácil mesmo a seleção africana suportar a brasileira diante da opção tática de Tite. Afeito a modelos mais pragmáticos, de boa consistência defensiva, treinador dessa vez monta a Seleção pensando em atacar e seus efeitos práticos.
Abre Raphinha na ponta-direita, Vini Jr na esquerda e forma dupla de frente com Neymar e Richarlison. Detalhe, Neymar mais livre e solto como nunca. Posiciona meia Lucas Paquetá de segundo volante, com mais obrigações ofensivas a defensivas. E espreme Gana sem trégua.
Gol de Marquinhos nasce de escanteio. Pouco depois, Richarlison faz o segundo, aos 22 minutos, emendando de primeira passe de Neymar. E converte o terceiro, de cabeça, em jogada ensaiada na cobrança de falta de Neymar. 3 a 0. E foi pouco.
Gana, sem resistência, também não incomoda no ataque. Eder Militão, saindo da zaga para atuar na lateral-direita, uma das novidades de Tite no amistoso, não foi testado quando chamado a defender.
Em síntese, primeiro tempo deixa claro que Brasil tem bom arsenal em sua linha de frente e construções ofensivas, mesmo em cenário de fragilidade do adversário, como Gana nesse amistoso pré-Copa.

Na segunda parte do jogo, Tite recomeça trocando Thiago Silva por Bremer, estreante na Seleção. E, a partir dos 15 minutos, Casemiro por Fabinho, Richarlison por Matheus Cunha e Vini Jr por Antony.
Naquele momento das substituições, Gana estava mais animada, ocupando o campo do Brasil, inclusive, com direito a bola batida no travessão de Alisson em sequência de um escanteio.
Aquele “treinamento” da Seleção Brasileira do primeiro tempo, agora é mais sério no segundo.
Tão sério que faz Neymar a levar cartão amarelo ao revidar pelo menos cinco faltas sofridas sem bola. Solto, o craque do time comanda orquestra, mas ao mesmo tempo vira alvo de resmungos do adversário.
Querelas a parte de Neymar, a Seleção perde um pouco da embocadura com as trocas de Tite – seis no total. Aos 35 minutos, técnico lança Everton Ribeiro e Rodrygo e fecha pacote de substituições.
Brasil até ensaia ampliar a contagem de gols, mas sem eficiência e brilho do primeiro tempo. No fundo no fundo, amistoso contra Gana era um treinamento. E Richarlison aproveita para escrever seu nome no passeio por Le Havre na França.
Brasil jogou com Alisson, Eder Militão, Thiago Silva (Bremer), Marquinhos e Alex Telles; Casemiro (Fabinho) e Lucas Paquetá (Everton Ribeiro); Raphinha (Rodrygo), Neymar, Richarlison (Matheus Cunha) e Vini Jr (Antony).
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