PSG vive novo drama na Champions League ao sofrer derrota (1 a 0) do Bayern Munique no jogo de ida na abertura das oitavas de final. Neymar e Messi não iluminam Paris. Mbappé menos ainda.

Aliás, Neymar e Messi não se livram das amarras do Bayern desde o primeiro tempo. Vida dura dos gênios.

Muito difícil se desenrolar do esquema do time alemão. Três zagueiros (Pavard, Upamecano e De Ligt) e mais uma armada com cinco entre meias e atacantes. Gente jovem, boa de drible, nas figuras de Sané, Musiala, Coman, e físico e inteligência com Kimmich, Goretzka e Choupo-Moting.

Um modelo Bayern agressivo de jogar. Na recuperação da bola e construção do ataque. Quase à perfeição. Seria nota 10 se as finalizações ao gol – 9 em 45 minutos – saíssem calibradas.

Diante dessa estrutura de ferro e fogo, PSG não tinha como reagir. Pouco ficava com a bola. E todas as investidas nasceriam de um repente de Neymar ou Messi.

Sem Mbappé, voltando após período afastado por lesão, time de Paris se viu sem força, nada atrevido e sem saída.

Um primeiro tempo inútil do PSG.

Algo diferente deveria ser feito nos 45 minutos finais. Quem sabe Messi descendo de um Objeto Voador Não Identificado ou Neymar antecipando Carnaval.

Quem fez a diferença foi Davies. Na vaga de Cancelo, o lateral canadense foi jogar na esquerda e Coman na direita, ocupando lugar de Cancelo que saiu substituído.

Dez minutos, Davies cruza da esquerda para direita e Coman bate de primeira. Donnrumma aceita. Bayern 1 a 0.

Mbappé é chamado aos leões. Entra sem a plenitude física disposto a esgarçar os músculos em busca do empate.

PSG avança, arrisca. Bayer continua impávido.

Messi abduzido. Neymar sem passarela a colocar o bloco na rua. Mbappé aparece, mas seu gol que seria de empate nasce de um impedimento de Nuno Mendez.

Gol anulado, apesar do golpe, vitamina time francês. Esquadra alemã se resguarda e impõe sua gestão de jogo. Mbappé tem mais um gol não validado.

Neymar se mata, pouco produz. Messi pisca e não acende a luz. Sem outras alternativas, PSG não chega ao gol de empate. Agora vai ter de reverter resultado na casa do Bayern na segunda semana de março.

Champions League ainda é o maior drama do PSG. Uma nova queda precoce no torneio de clubes mais celebrado do mundo assombra Paris.

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São Paulo 14 fevereiro 2023. Por Luiz Antônio Prósperi