Futebol brasileiro aos pés de argentinos na Libertadores

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Lucas Pratto e Calleri, argentinos, são apontados como referência de Atlético-MG e São Paulo na decisão desta quarta-feira, valendo vaga na semifinal da Copa Libertadores. No banco, comandando os dois times, estão o uruguaio Diego Aguirre e Edgardo Bauza, da Argentina. O árbitro é Andres Cunha, do Uruguai.

É um sinal de que algo de estranho acontece no futebol brasileiro. No jogo mais importante do primeiro semestre, quando apenas um clube do Brasil vai avançar na Libertadores, os protagonistas são estrangeiros. Até mesmo o juiz vem de fora para apitar uma partida envolvendo dois times do mesmo país. Preocupante.

Aí vamos falar de bola rolando. Sinceramente não se pode esperar um futebol de primeira linha, sem aquele show de botinadas do jogo no Morumbi (São Paulo 1 x 0 Atlético) na semana passada, quando temos dois treinadores que não se importam muito em atacar.

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Nem Bauza, nem Aguirre montam times vistosos. Suas equipes são aguerridas, lutadoras, de muita entrega, suor. Nesta quarta-feira, mesmo com a necessidade do Galo de vencer por dois gol de diferença, não se deve esperar um jogão. Gols, evidente, vão surgir, mas nada de extraordinário. Não será surpresa se o árbitro expulsar ao menos um jogador de cada lado.

Essa decisão por uma vaga na semifinal na Libertadores ilustra o momento difícil do nosso futebol. Aliás, clubes daqui ainda vivem encarnados com aquele espírito de que na Libertadores bater é regra.

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Por outro lado, é triste reconhecer que os dois principais atacantes de São Paulo e Atlético são argentinos. Nada contra o futebol da Argentina, mas ter dois gringos como destaque no País dos atacantes imortais é dose.

Talvez seja um reflexo da queda de qualidade de nossos goleadores. Veja, por exemplo, o que acontece com Alexandre Pato e Damião. Os dois já foram esperança de gols na Seleção Brasileira e hoje são rejeitados pelo Chelsea e Betis.

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Uma rápida análise de alguns times da Série A do Brasileirão mostra que temos mais gringos na linha de frente – Barrios (Palmeiras) e Guerrero (Flamengo) -, o gordinho Walter (Atlético-PR), André (Corinthians), Grafite, aos 37 anos (Santa Cruz), Bobô (Grêmio), Kleber Gladiador (Coritiba), Kieza (Vitória), Ricardo Oliveira, 35 anos (Santos e Seleção Brasileira), Fred, 32 anos (Fluminense), Vinicus, 32 anos (Sport), entre outros.

Quem olha com critério essa turma aí acima pode concluir que atacantes não são mais a excelência do futebol brasileiro.