São Paulo volta a vencer no Morumbi, com direito a gols de Calleri e Diego Lugano. Derrotou o Vitória por 2 a 0 nesta quarta-feira (15/6), mesmo com um futebol opaco, sem a força que o time havia mostrado na Copa Libertadores. O importante era restabelecer a hierarquia em casa no Brasileirão.
Do primeiro tempo, pouco se aproveitou. Nenhum dos dois times propôs o jogo, a bola no chão. Faltas sucessivas, erros de passes e um árbitro disposto a picar cada lance contribuíram para a baixa qualidade técnica.
Sem muitas emoções e escassas oportunidade de gol, muita gente agradeceu ao apagão na região do Morumbi, aos 39 minutos. Como se a luz fosse apagada com vergonha do que estava acontecendo no campo. Foram 27 minutos de escuridão.
LUZ ACESA, FUTEBOL APAGADO
Após o restabelecimento da energia, nada mudou. Nem Vitória e muito menos São Paulo produziram algo de interessante.
Na análise tática, se viu o time de Edgardo Bauza sem um pingo de criatividade. Schmidt, Thiago Mendes e Ytalo, responsáveis pela organização e saída de bola, não se entendiam.
Calleri, centralizado, Centurión na esquerda e o lateral Auro improvisado na ponta-direita não recebiam um passe decente. Nas raras vezes em que a bola chegou, os três a maltrataram sem piedade
VISITANTE CORAJOSO
Do lado do Vitória, Vagner Mancini surpreendeu com três atacantes – Marinho, Kierza e o indolente Dagoberto – e a enorme boa vontade de Thiago Real. O time baiano não ficou lá atrás, na condição de visitante. Se lançou à frente, mais do que se esperava, mas padeceu como um oprimido na hora de buscar o gol.
No segundo tempo, Bauza recorreu a Ganso, que voltou da Seleção Brasileira sem ter jogado um minuto no desastre na Copa América Centenário. Ganso substituiu Auro. Assim, Ytalo foi jogar na direita e com ordem de encostar mais em Calleri.
HOMENAGEM AO AMIGO
A mudança com Ganso não elevou o São Paulo. Bauza puxou Michel Bastos do banco para o lugar de Centurión, que saiu irritado sem se ater à sua baixa produção.
A nova ordem era Michel Bastos puxar o jogo pro lado esquerdo e cruzar bola na área , com as entradas de Calleri e Ytalo.
Depois de alguns tentativas, enfim de um cruzamento da esquerda, Calleri mandou a bola para a rede. Na comemoração o atacante argentino apontou ao céu em homenagem a um amigo fraterno que morreu na semana passada.
Era o gol que encaminhava a segunda vitória do São Paulo no Morumbi, depois de um longo tempo sem honrar sua torcida em casa. Para completar a festa, Diego Lugano fez o segundo gol.
Triunfo importante e o alerta de que o time de Bauza ainda não se reencontrou depois da boa sequência de jogos na Libertadores. Tem tempo até o jogo contra o Atlético Nacional, mas é preciso acelerar sob pena de não chegar forte nas semifinais.