Palmeiras não mete medo como visitante e cai no Mineirão

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Preciso e certeiro na estratégia de jogo e substituições, Cuca não foi bem nas escolhas diante do Cruzeiro neste sábado (25/6), no Mineirão, na abertura da 11.ª rodada do Brasileirão. O Palmeiras perdeu de virada para 2 a 1 e em nenhum momento se impôs como líder do campeonato, quebrando sequência de seis jogos sem derrotas.

Cuca demorou a reagir quando percebeu que o time de Minas tinha mais gente no meio-campo e o sistema defensivo palmeirense apresentava falhas primárias. Havia muita indecisão entre Tchê Tchê e Moisés na marcação e os laterais Fabiano e Egídio também não davam conta de segurar Arrascaeta e Allisson.

Quando pensou em mudar o curso do rio, o adversário já havia virado a partida.

ANÁLISE DO JOGO

No primeiro tempo, o Cruzeiro teve mais a bola, criou pelo menos três boas oportunidades de gol e saiu apenas com o empate por 1 a 1. O time de Minas merecia melhor sorte. Jogou com Arrascaeta aberto na direita em cima de Egídio e Willan na esquerda batendo de frente com Fabiano. E soltou Bruno Ramires e Allison diante da frágil marcação de Tchê Tchê e Moisés. Sufocou o Palmeiras.

Seguro de que poderia fazer a diferença nos contra-ataques, Cuca armou seu time para correr riscos no Mineirão. Não mudou uma vírgula de apostar no tridente de jovens e rápido atacantes – Roger Guedes, Dudu e Gabriel Jesus – ainda com a chegada de Cleiton Xavier.

Cuca viu sua engrenagem funcionar logo aos 10 minutos, com o gol de Jesus em passe de Dudu – lance que nasceu na marcação da saída de bola do Cruzeiro. Gol feito e tudo pronto para aumentar a pressão.

O problema é que o time de Minas também viu sua estratégia dar certo, com Arrascaeta ganhando todas de Egídio. Dali nasceu o gol de Willian, aos 14.

Este gol fortaleceu o Cruzeiro, que tirou proveito da marcação errada de Moisés e Tchê Tchê e da insegurança de Fabiano e Egídio. Henrique perdeu gol feito. Bruno Ramires vacilou em dois chutes dentro da grande área.

Campeonato Brasileiro de 2016

Neste cenário favorável ao dono da casa, a resposta do Palmeiras foi tímida. Um líder de campeonato precisa intimidar mais o adversário, mesmo jogando fora do Allianz Parque.

No segundo tempo, Cuca voltou com o volante Thiago Santos no lugar de Egídio. Tchê Tchê assumiu a lateral-esquerda. A troca era para reforçar a marcação. Não deu tempo. William, em vacilo de Fabiano e Vitor Hugo, fez o segundo do Cruzeiro, com 2 minutos.

Esse gol precoce do time mineiro mexeu com a cabeça de Cuca. Imediatamente sacou Xavier e mandou Luan a campo para jogar aberto na ponta-esquerda. Dudu seria o articulador. Também não funcionou. A marcação não se fortaleceu e o ataque perdeu velocidade. No desespero, o treinador ainda trocou Roger Guedes por Cristaldo. Queria mais gente na área cruzeirense. Cristaldo não pegou na bola.

O Palmeiras conhecia a sua terceira derrota em quatro jogos como visitante. O resultado negativo serve para mostrar que a lateral-direta ainda é um problema quando Jean não pode jogar. E um meio-campo leve, com Xavier, Tchê Tchê e Moisés, sofre quando têm marcar mais do que atacar.

F ICHA DO JOGO

Cruzeiro 2 x 1 Palmeiras

Gols: Gabriel Jesus, aos 10 minutos do primeiro tempo; Willian  aos 14 do 1.ºT e aos 2 minutos do segundo tempo.

Cruzeiro: Fábio; Mayke, Bruno Viana, Bruno Rodrigo e Bryan; Lucas Romero, Henrique, Bruno Ramires (Fabrício Bruno 45′ 2ºT) e Arrascaeta; Alisson (Alano 39′ 2ºT) e Willian (Riascos 36′ 2ºT). Técnico: Paulo Bento

Palmeiras: Fernando Prass; Fabiano, Edu Dracena, Vitor Hugo e Edígio (Thiago Santos – intervalo); Tchê Tchê, Moisés e Cleiton Xavier (Luan 4′ 2ºT); Róger Guedes (Cristaldo 24′ 2ºT), Gabriel Jesus e Dudu. Técnico: Cuca

Juiz: Leandro Vuaden (RS)
Cartões amarelos: Bruno Rodrigo, Lucas Romero, Arrascaeta e Bruno Ramires, Edu Dracena e Tchê Tchê
Público: 18.082 pagantes
Renda: R$ 577.097,00
Local: Mineirão