Palmeiras é denunciado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por atos hostis de parte de seus torcedores contra dirigentes do Flamengo, abrigados em um camarote no Allianz Parque. A bronca dos cartolas cariocas deu resultado. Alegam os flamenguistas que foram alvos de objetos atirados por palmeirenses no Setor Sul do estádio. Daí a denúncia do STJD, que pode punir o Palmeiras com multa de até R$ 100 mil e perda de dez mandos de jogos na sua arena. Torcedores do time paulista argumentam que eles é que foram provocados pelos dirigentes do Flamengo.
O artigo que o Palmeiras foi denunciado é o 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto e lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo.”
Seria cômico se tudo isso não fosse ridículo. É mais um ingrediente da disputa acirrada pelo título do Brasileirão. Palmeiras e Flamengo não se bicam.
Suas facções organizadas também são inimigas de morte. A batalha no interior do estádio Mané Garrincha, no primeiro turno, que gerou a grotesca punição do STJD, faz parte desse enredo.
Por aquele vandalismo e confronto, o tribunal aplicou uma pena na tentativa de impedir as organizadas dos dois times de frequentarem pelo menos cinco jogos de cada um dos clubes. De nada adiantou, as facções conseguiram entrar nas arenas.
O Flamengo alega que o Palmeiras não cumpriu com a punição imposta pelo STJD e até por isso foi vítima dos atos das facções (foto) no Allianz Parque no jogo que acabou no empate (1 a 1).
Por enquanto, até o início da noite dessa sexta-feira (23/9), o clube paulista não havia se manifestado sobre a nova denúncia do STJD.
Se por acaso a civilização fizesse parte do futebol brasileiro, incidentes como esse no camarote do Allianz Parque não aconteceriam. Na Europa, por exemplo, os cartolas se sentam lado a lado nas tribunas e acompanham o jogo sem desaforos.
É muito comum o presidente do Real Madrid ocupar a poltrona ao lado do presidente do Barcelona no Camp Nou ou no Santiago Bernabéu. Essa prática é uma rotina em outras ligas européias.
No Brasil, cartolas se aliam às facções organizadas, não se respeitam e vivem chorando nos corredores da CBF quando se sentem prejudicados por erros da arbitragem. E nos tribunais do STJD costumam fazer parte do circo.
Prósperi News 
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