Copa Libertadores de 2017 terá mudanças significativas e deve mexer no orçamento dos clubes.De acordo com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), a competição poderá ser disputada ano inteiro – de fevereiro a novembro -, quase no mesmo período do Campeonato Brasileiro e ainda abrange o calendário dos Estaduais e Copa do Brasil. Conclusão: os clubes vão investir mais em jogadores e “inchar” seus elencos.
Disputada de fevereiro a julho, a Libertadores era mais enxuta e os clubes não tinham necessidade de gastar pesado na montagem do grupo de atletas. Até porque, ao término da competição internacional, tinham ainda seis meses pela frente apenas com o Campeonato Brasileiro. Tempo de sobra para reformar seus elencos e reorganizar a casa.
Com a mudança, clubes brasileiros vão jogar a Libertadores e o Brasileirão ao mesmo tempo. E, no primeiro semestre, ainda terão os Estaduais, que, em média, duram quase quatro meses.
Ou seja, os clubes que mantêm grupos com 30 jogadores serão obrigados a contar com pelo menos 40 atletas. Mais jogadores, folha salarial mais alta, cara. Aumento das despesas e as receitas continuam sem ganhos substanciais, mesmo que a Conmebol engorde as cotas financeiras do torneio sul–americano.

O Brasil tem hoje cinco das 32 vagas na Libertadores. A Conmebol projeta a competição com 42 clubes e pode aumentar o número de representantes do futebol brasileiro.
Outra encrenca, como a CBF vai conciliar o calendário nacional com Estaduais (de fevereiro ao início de maio), Copa do Brasil (de junho a novembro) e Brasileirão (de maio a novembro)?
A Copa do Brasil, que a partir das oitavas de final tem a participação dos clubes que estavam na Libertadores, deve mudar de formato. Se continuar no mesmo período de agora, teremos de forma simultânea a Libertadores e Brasileirão. Vão faltar datas para tantas competições.

E, por fim, a janela de transferências do mercado internacional, de junho a agosto. Como é de conhecimento geral, clubes brasileiros e sul-americanos sofrem perdas consideráveis com o êxodo de jogadores importantes quando a janela está aberta.
O que fazer? Com a palavra a Conmebol e CBF.