201610132300579065-jpg-gdf2v30lg-1Brasileirão 2016, quem diria, vai parar no STJD, o Superior de Tribunal de Justiça Desportiva. Por decisão do presidente do Fluminense, Peter Siemsen, o clube vai pedir na CBF a anulação do clássico contra Flamengo. Dirigente alega que o árbitro Sandro Meira Ricci anulou o gol de empate do Flu, após enorme confusão no campo, por interferência externa ao trio de arbitragem. O recurso será enviado ao STJD ainda nesta sexta-feira (14/10). Flamengo reage e seu presidente Eduardo Bandeira de Melo diz que o clube já perdeu pontos por erros dos apitadores. Pavio do barril de pólvora está aceso.

Para quem não acompanhou a polémica, a bagunça toda começou quando o zagueiro Henrique, de cabeça, fez o gol de empate do Flu aos 39 minutos do segundo tempo – o time perdia por 2 a 1. O bandeirinha deu impedimento de Henrique. O juiz Sandro Meira concordou com o auxiliar e depois voltou atrás validando o gol do zagueiro do Flu. Em seguida, correu até o bandeirinha e foi cercado por jogadores dos dois times, policiais, membros das comissões técnicas das equipes, delegados da CBF, repórteres e alguns desavisados.

Foram pouco mais 12 minutos de vai e vem, pressão, gritaria e revolta até o árbitro voltar atrás e anular o gol de Henrique. A maior pressão partiu dos jogadores do Flamengo que, mais tarde, confirmaram que foram avisados que as imagens do gol davam Henrique em impedimento.

Veja o que disse o presidente do Fluminense:

“Eu sou o maior defensor do uso do vídeo no futebol brasileiro. Porém, no momento, ele é irregular. A regra é igual para todos e, neste jogo, não foi. Esse jogo, para mim, tem de ser anulado. Vamos tomar todas as medidas. Vamos pedir a anulação da partida” disse Siemsen à Rádio Tupi do Rio.

E confirmou seu desejo de entrar com recurso na CBF pedindo anulação do jogo.

“É uma bagunça. Além de prejudicar o Fluminense no primeiro gol do Fla, no qual Réver está impedido e atrapalha a saída do nosso goleiro, houve essa lambança. Ficou clara que o juiz usou a interferência externa. Hoje isso é irregular. O juiz demorou 13 minutos, permitiu a entrada de pessoas estranhas ao campo. Conversou com o delegado do jogo. Ele postergou a decisão. Não tenho dúvida que ele recebeu informação externa e anulou o gol. Ele validou o gol inicialmente, aí ia correr para o meio do campo. Ele usou a interferência externa. Depois, não deu o tempo correto de acréscimo. Ele desestabilizou o Fluminense”, disse o presidente do Flu.

Esse dirigente já havia ameaçado a CBF após a eliminação do Fluminense nas oitavas de final da Copa do Brasil pelo Corinthians no Itaquerão.

Não custa lembrar o tamanho do poder que o Flu tem, ao longo da história, nas decisões na Justiça Desportiva e como se deu bem no Tapetão.

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No lance do clássico contra o Flamengo, Henrique estava impedido como mostram as imagens. O problema se deu com o vacilo do árbitro de só anular o gol depois de ouvir, via comunicação eletrônica de alguém fora do gramado, de que o zagueiro do Flu estava em posição irregular.

De acordo com regras da Fifa e regulamento das competições da CBF, o árbitro ainda não pode tomar decisões no campo de jogo com auxílio de imagens de vídeo. Daí a bronca do cartola do tricolor carioca.

Fluminense tem 46 pontos, briga por vaga direta na Libertadores entre os três primeiros colocados no Brasileirão. E o Flamengo chegou aos 60 pontos, apenas um a menos que o líder Palmeiras. Restam oito rodadas. A encrenca está na mesa.

Se o STJD acatar o pedido do dirigente, o Brasileirão pode parar no Tapetão.


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5 respostas para “Vem Tapetão aí na CBF. Fluminense alega interferência externa e vai pedir anulação do clássico contra Flamengo”.

  1. […] confusão sobre uma provável ajuda externa ao árbitro se deu no Recife. O juiz André Luis Castro teria recebido uma ajudazinha de personagem fora do jogo […]

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  2. […] doutos membros da Comissão de Arbitragem, comissões técnicas dos times, Polícia Militar, promotores do STJD e do Ministério Público de plantão e outros apaniguados – não tiverem acesso às imagens da TV, logo após o momento de um lance polêmico, não […]

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  3. […] Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, disse no final da tarde desta sexta-feira (14/10) que “ninguém vai levar o Campeonato Brasileiro na mão grande” e afirmou que o Flamengo pressiona a arbitragem, CBF e Comissão de Arbitragem para ser beneficiado nos jogos. Nobre falou ainda que a “pressão do Flamengo é absurda” e citou a confusão no clássico carioca quando o juiz Sandro Meira Ricci levou 13 minutos para não validar o gol de Henrique do Fluminense. […]

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  4. Ontem o que aconteceu no jogo do Fluminense contra o Flamengo foi um absurdo. Erros de arbitragem é recorrente em diversos jogos,porém ficou CLARO que houve interferência da emissora Flamenguista que transmitia o jogo no premiere. Que saiba isso ainda não pode ser utilizado.

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    1. É verdade, Katia. A torcida pelo Fla tem sido descarada

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