Zinedine Zidane cotado na Seleção Brasileira. Por que não Abel Ferreira? Seja qual for sua preferência o fato é que o torcedor brasileiro começa aceitar um técnico estrangeiro no comando da Seleção. Diminui também a resistência dentro da CBF.
Reforça ainda um indicativo coletado pela pesquisa DataFolha divulgada nessa segunda-feira (26/12): cai a rejeição a um técnico estrangeiro na Seleção.
De acordo com a pesquisa, em julho apenas 30% dos pesquisados eram favoráveis a um estrangeiro. Agora, em dezembro, 41% apoiam um nome de fora do país para substituir Tite. A maioria (48%) ainda prefere técnico brasileiro. E 6% são indiferentes, 5% não souberam responder.
DataFolha indica também que 55% dos pesquisados eram contra um estrangeiro na Seleção em julho. Em dezembro, após fracasso de Tite no Qatar, 48% dizem ser contra um “gringo” no comando do escrete.

Antes de a pesquisa ser divulgada, publicações europeias antecipavam o perfil ideal de um técnico estrangeiro a dirigir a Seleção.
Zinedine Zidane (foto) é o preferido do jornal francês de esportes L’Équipe, um dos mais importantes da Europa. Dos seis técnicos indicados pelo diário de Paris, Zidane seria aquele com mais credenciais a assumir a Seleção.
Zidane tem histórico de vencedor no Real Madrid. Jogou ao lado de Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos na época dos “galácticos” no clube espanhol e foi comandado por Vanderley Luxemburgo em 2005 no Real.
Na função de treinador do clube de Madri, Zidane teve Eder Militão, Casemiro, Vini Jr e Rodrygo no seu grupo de jogadores – os quatro estiveram com Tite na Copa Qatar 2022.
A familiaridade com jogadores brasileiros e até o técnico Luxemburgo não são credenciais a levar Zidane ao comando da Seleção. Faltam ao treinador francês mais vivência e conhecimento das entranhas do futebol brasileiro.
Abel Ferreira, há dois anos ganhando tudo no Palmeiras, já tem esse caldo cultural incorporado no seu dia a dia de trabalho.
Não é difícil prever uma Seleção mais compromissada, mais concentrada e sem regalias sob o comando de Abel Ferreira. Seriam as mesmas diretrizes adotadas pelo técnico português no Palmeiras.
Zidane, não. Abel, sim
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