neymar-jesus-giuliano-brasil-x-bolivia-061016_16xkmz9z5jem11xgzvuzp4b01vSeleção Brasileira restabelece sua própria hierarquia. Depois de muito tempo de angústia, tédio, tensão e futebol crispado dos tempos de Dunga, voltou à temperatura normal sob o comando de Tite. Trocou o jogo pesado por um mais leve, afeito à troca de passes, dribles, jogo coletivo e, o melhor de tudo, apetite pelo gol. Talvez isso explique os 5 a 0 para cima da Bolívia nesta quinta-feira, válido pelas Eliminatórias da Copa de 2018.

Vitória exemplar, mesmo dando um generoso desconto ao modesto futebol dos bolivianos. Tudo funcionou bem. Setor defensivo aprumado – Alisson não fez uma única defesa difícil. Meio-campo correto com Fernandinho no centro e Giuliano e Renato Augusto na direita e esquerda no vai-e-vem da marcação e saída de bola. E, na frente, a cereja com Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar infernais.

Aí cabe uma nota de destaque: Neymar. Fez tudo o que estava a seu alcance, apesar de firulas desnecessárias e um certo esnobismo arrogante. Foi dele o gol de abertura da goleada. Roubou a bola do zagueiro, serviu Jesus e recebeu passe açucarado para apenas tocar ao gol, aos 11. Era o seu gol de número 300 na carreira, aos 24 anos. Depois pintou e bordou.

Brasil na frente e a Bolívia ainda instigante querendo apertar a saída de bola do time de Tite. Esforço inútil. Aos 25, o segundo gol da Seleção, esse com patente do futebol pentacampeão do mundo. Toques refinados de Daniel Alves a Giuliano até Coutinho carimbar a rede.

Com 2 a 0, Neymar passou a aborrecer ainda mais os bolivianos. Dribles, tiradas para dançar, pé em cima da bola. E tome bordoadas. Num desaforo, foi premiado com cartão amarelo. Pouco mais tarde, de faltas não marcadas em Neymar e Jesus, a bola saiu de Neymar para Filipe Luiz marcar o terceiro, aos 38.

Primeiro tempo perfeito. Faltava o gol de Jesus. Então o garoto do Palmeiras lança Neymar, corre e se apresenta para receber o presente. O craque capricha e devolve a Jesus, que, com extrema categoria, dá uma cavadinha e vence o goleiro: Brasil 4 a 0, aos 43.

O segundo tempo seria para alguns experimentos e esticar um pouco a goleada. Mantida a sintonia entre defesa, meio e ataque, a Seleção fez da Bolívia um sparring sem ser golpeada. Apenas Neymar insistia em ser diferente até levar uma cotovelada e ver o sangue escorrer no seu rosto. Era o preço que pagava por sua irreverência e atrevimento.

Tite, naquela altura tema de cânticos da torcida em Natal, aproveitou e tirou Neymar e Jesus. Entraram Firmino e Willian. Coube a Firmino marcar o quinto, de cabeça, em escanteio cobrado por Coutinho, aos 29.

Naquele momento, Tite já ensaiava a Seleção para o próximo jogo contra a Venezuela, na terça-feira na casa deles, abrindo o segundo turno das Eliminatórias da Copa de 2018, quando não terá Neymar suspenso por acúmulo de cartões amarelos.

Brasil estava de volta aos braços da torcida. Sem se ater ao tamanho do adversário, a goleada por 5 a 0 teve de tudo e, melhor, a essência do futebol brasileiro. É o caminho.

 

FICHA DO JOGO

Brasil 5 x 0 Bolívia

Gols: Neymar, aos 11; Philippe Coutinho, aos 25; 38 Filipe Luiz; e Gabriel Jesus, aos 43 minutos do primeiro tempo; Firmino, aos 29 do segundo tempo

Brasil: Alison, Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Filipe Luiz; Fernandinho, Giuliano (Lucas Lima) e Renato Augusto; Philipe Coutinho, Gabriel Jesus (Firmino) e Neymar (Willian). Técnico: Tite

Bolívia: Lampe, Rodriguez, Zenteno, Raldés e Bejarano; Meleán, Azogue, Jhasmani Campos  (Vaca) e Arce (Rodrigo Ramallo); Duk (Pablo Escobar) e Moreno. Técnico: Guilhermo Hoyos

Juiz: Wilson Lamouroux (COL)
Cartões amarelos: Meleán, Neymar, Azogue
Renda: R$ 4.307.145,00
Público: 30.013 pagantes
Local: Arena das Dunas


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3 respostas para “Seleção Brasileira encanta e restabelece sua própria hierarquia”.

  1. […] Tite terá pela frente um gigante de verdade. Ao ser batizado no comando da Seleção, com vitórias absolutas em cima de Equador, Colômbia, […]

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  3. […] sem muito lustro, sem nada de muito especial, de diferente, mas uma vitória consistente que marca a recuperação do escrete desde a chegada de Tite. Quatro jogos, quatro vitórias. E com um alô de Gabriel Jesus, agora com quatro gols em quatro […]

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