
Desde que Tite abriu mão do seu esquema preferido, o 4-1-4-1, o Corinthians só tem vencido no Campeonato Brasileiro. Com a nova arrumação, o 4-2-3-1, que faz de Guilherme o maestro da companhia, chegou à terceira vitória consecutiva. Dessa vez a vítima foi o Santos, derrotado por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Itaquerão.
O Santos não foi ao Itaquerão para encarar o Corinthians de frente. Jogou em busca do empate e, com muita boa vontade, por um gol em eventual erro do adversário. Sem seus principais jogadores – Gabriel e Lucas Lima, na Seleção Brasileira, e Ricardo Oliveira, machucado – Dorival Júnior trancou portas e janelas.
Tite tinha consciência de que o adversário não iria propor um jogo franco. Sabia como ninguém que cabia ao seu time se impor, do começo ao fim do clássico. Mesmo assim, optou por uma formação com apenas Luciano na frente, com Guilherme na articulação e Giovanni Augusto e Marquinhos Gabriel abertos nas pontas dando suporte aos laterais Fagner e Uendel.
Não havia nada de novo, de surpreendente – a não ser a liberdade a Guilherme -, neste Corinthians armado por Tite. Tudo encaixadinho, sem nenhuma ousadia. Não fosse pela troca rápida de passes na transição da defesa ao ataque, e o time poderia ser taxado de burocrático dos burocráticos.
Com esse script não teria como furar o bloqueio santista. Quando o clássico alcançou os 15 minutos do segundo tempo, Tite resolveu arriscar com Lucca, o talismã, mais agudo na esquerda no lugar de Marquinhos Gabriel. Queria mais finalização ao gol com Lucca às penteadas de de Marquinhos.
Dorival respondeu com o veloz Joel no lugar do quase ex-jogador Elano e depois Max Rolón na vaga de Serginho. Abriu Rolón na direita para cuidar de Uendel e encaixou Joel entre os zagueiros Felipe e Vilson. Tudo isso em nome do contra-ataque.
As mudanças pouco influíram no roteiro do clássico até os 36 minutos. Neste momento, em uma seqüência de uma falta, Guilherme, o messias, levantou a bola na área, Felipe escorou de cabeça, Christian completou o serviço até ela cair aos pés de Giovanni Augusto e dali morrer no fundo da rede de Vanderlei: 1 a 0.
Depois do gol, o time de Tite cozinhou o clássico sem dar uma chance que fosse à equipe de Dorival Júnior. Era a terceira vitória consecutiva do Corinthians e a segunda derrota seguida do Santos.
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